quinta-feira, 31 de março de 2011

Os Bric não são mais emergentes, diz criador do termo

31/03/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-31/os-bric-nao-sao-mais-emergentes-diz-criador-do-termo

BBC Brasil

Brasília - Os quatro países conhecidos como Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – deixaram para trás o status de economias emergentes e precisam ser vistos como uma categoria à parte, informou hoje (31) o criador do termo, Jim O'Neill. Presidente da gestora de ativos da Goldman Sachs na Grã-Bretanha, O'Neill cita como exemplos de avanço a China e o Brasil, que estão entre as sete maiores economias do mundo com os outros dois muito próximos na lista.

"É cada vez mais claro para mim que se referir às quatro nações do Bric como emergentes não faz mais sentido", disse o economista. "Os Bric, junto com alguns outros países, merecem um status diferente de muitos outros que podem ser corretamente classificados como mercados emergentes", destacou. O'Neill ressaltou ainda que o Brasil se tornou a sétima economia do mundo "dez anos antes do que eu pensava".

Recentemente a Goldman Sachs reclassificou os quatro países, que passaram a ser chamados de "mercados de crescimento" nos relatórios da consultoria. Nessa categoria, estão também Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia – entretanto, "muito longe" dos Bric em termos de importância econômica, escreve Jim O'Neill no Times.

O economista criou o termo Bric para ressaltar a força econômica dos quatro grandes emergentes na virada do século. Mas de lá para cá o passo do crescimento desses países tem superado as expectativas. A estimativa é que o tamanho do Bric supere o do G7 – o grupo de países mais industrializados do mundo – por volta de 2027, cerca de dez anos antes do previsto, diz O'Neill.

Até o fim desta década, o Bric deve alcançar um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 25 trilhões, comparado com cerca de US$ 11 trilhões atualmente e cerca de US$ 3 trilhões no início do século, afirmou O'Neill. "Em algum momento nesta década, eles superarão, juntos, os Estados Unidos. Meu palpite é que isso poderia ocorrer em torno de 2017-2018."

O economista diz que ser reclassificado de "mercados de crescimento" não implica que Brasil, Rússia, Índia e China "vão crescer todos os anos". "Eles crescerão em ciclos, como todos os outros. O que queremos com isso é indicar que, à medida que a economia global continue rastejando nessa década, a proporção deles no PIB global deve aumentar”."

segunda-feira, 28 de março de 2011

União Europeia quer, até 2050, eliminar das cidades carros a gasolina e a diesel

28/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-28/uniao-europeia-quer-ate-2050-eliminar-das-cidades-carros-gasolina-e-diesel


da BBC Brasil

Brasília - A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), propôs hoje (28) que, até 2050, todos os carros a diesel e a gasolina sejam eliminados das cidades do 27 países que integram o bloco. O comissário de Transportes do bloco, Siim Kallas, também elaborou planos para migrar para o transporte ferroviário metade das chamadas jornadas de distância média – a partir de 300 km – feitas atualmente por automóveis.

Kallas sugeriu ainda corte de 40% nas emissões de carbono promovidas pelo transporte de cargas e o maior uso de combustíveis verdes na aviação. As metas fazem parte do relatório Transporte 2050, apresentado pela Comissão Europeia em Bruxelas.

De acordo com Kallas, o objetivo final do plano de metas é cortar em 60% as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa originárias do setor de transportes e reduzir a dependência do petróleo importado. Para isso, a União Europeia necessitará de uma rede mais ampla e funcional de corredores de transporte, incluindo conexões de trem entre os principais aeroportos do bloco, e a modernização e a integração do sistema de controle do tráfego aéreo.

A União Europeia informou que pretende se tornar líder mundial em segurança de transportes aéreos, ferroviários e marítimos. Segundo Kallas, as medidas não pretendem coibir a mobilidade dos viajantes europeus. “A crença de que você precisa reduzir a mobilidade para combater a mudança climática não é verdadeira”, disse o comissário.

Kallas acrescentou que “podemos quebrar a dependência de petróleo do setor de transportes sem sacrificar nossa eficiência ou comprometer a mobilidade. A liberdade de viajar é um direito básico de nossos cidadãos. Reprimir isso não é uma opção”.

Porém, as propostas da Comissão Europeia já são alvo de críticas. O ministro adjunto britânico dos Transportes, Norman Baker, rejeitou a ideia de banir os carros nos centros urbanos. “É correto que a União Europeia estabeleça metas de alto nível para a redução das emissões de carbono, mas não é correto que ela diga como isso deveria ser feito nas cidades”, disse ele.

Baker defende a adoção de outras medidas, como a promoção de veículos elétricos e de bicicletas, em vez da restrição aos automóveis. Para Richard Dyer, da organização não governamental Friends of the Earth, as propostas de Kallas são bem-vindas, mas falta esclarecer quais investimentos em transporte público serão feitos para concretizá-las.

“Abandonar carros movidos a combustíveis fósseis é uma boa [medida], mas, apesar dos anúncios que rendem boas manchetes de jornais, falta ambição aos planos [da União Europeia] de redução de emissões”, disse.


No caso brasileiro, uma boa opção de transporte seria a rede ferroviária, deixada de lado com o Plano de Metas, na década de 1950, que privilegiou a construção de rodovias no Brasil. O investimento na construção é alto, mas a manutenção das ferrovias é de baixo custo, o inverso das rodovias. Menos poluente, sem trânsito, melhor custo-benefício.
Isso sem fazer referência a biocombustíveis e a meios de transporte alternativos para curtas distâncias, como bicicletas e carros (e bicicletas) elétricos.
Investir em um sistema de transportes eficiente é basilar, seja ele intra-urbano, interurbano ou interestadual.

Esse assunto rende...

sábado, 26 de março de 2011

Autoridades iranianas afirmam que Brasil votou contra o país por pressão dos Estados Unidos

26/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-26/autoridades-iranianas-afirmam-que-brasil-votou-contra-pais-por-pressao-dos-estados-unidos

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A decisão do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de investigar as denúncias de violações no Irã gerou críticas e reações do governo iraniano. Porém, os aliados de Mahmoud Ahmadinejad evitaram condenar a posição brasileira de apoiar o envio de um relator especial ao Irã para apurar as suspeitas. Para os aliados do governo do Irã, o Brasil é alvo de pressão dos Estados Unidos. As informações são da agência estatal de notícias do Irã, a Irna.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores no Parlamento do Irã, Behrouz Kamalvandi, afirmou hoje (26) que os Estados Unidos “tentam impor” uma nova ordem ao Brasil. Segundo o parlamentar, a posição brasileira mudou a partir da visita ao país do presidente norte-americano, Barack Obama, nos últimos dias 19 e 20. “Houve uma mudança na votação Brasil logo após a visita”, disse ele.

Kamalvandi afirmou ainda que há um “confronto” entre os “tecnocratas independentes” e os “líderes políticos”. Segundo ele, a política externa brasileira passa por transformações que deverão ser ampliadas futuramente. “Nós acreditamos que a resolução e a questão dos direitos humanos têm apenas um objetivo e que está a impor pressão sobre o Irã”, disse o parlamentar.

No último dia 24, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou por 22 votos favoráveis, 7 contrários e 14 abstenções as investigações no Irã. O Brasil apoiou a decisão sob o argumento, defendido pela embaixadora brasileira no órgão, Maria de Nazaré Farani de Azevedo, que a defesa de direitos humanos é prioridade para o governo da presidenta Dilma Rousseff.

A iniciativa, segundo analistas da política externa, registra uma nova etapa nas negociações internacionais. Nos últimos dez anos, o Brasil se absteve ou votou favoravelmente ao Irã. Porém, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, tem afirmado que a defesa do respeito aos direitos humanos é considerada princípio basilar e trata-se de uma posição universal e não específica em relação a um ou outro país.

Nas primeiras entrevistas concedidas por Dilma, ao assumir o governo, ela já criticou as penas de apedrejamento e morte. Ela se referiu, inclusive, ao caso da viúva iraniana Sakineh Ashitiani, condenada à morte por suspeita de infidelidade e participação no assassinato do marido. O caso de Sakineh aguarda julgamento no Irã."

Alemães vão às ruas para exigir o fechamento de usinas nucleares no país

26/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-26/alemaes-vao-ruas-para-exigir-fechamento-de-usinas-nucleares-no-pais

da Agência Lusa

"Brasília – A Alemanha amanheceu hoje (26) com manifestações na capital, Berlim, e também em duas grandes cidades – Hamburgo e Colônia. Os manifestantes foram às ruas para exigir das autoridades o fechamento de todas as usinas nucleares do país. As reações foram motivadas pelos acidentes nucleares na Usina de Fukushima Daiicha, no Japão.Os protestos são liderados por partidos da oposição, sindicatos e organizações religiosas.

Os manifestantes e a oposição parlamentar consideram insuficiente a moratória decidida pelo governo da chanceler Angela Merkel, que poucos dias depois do terremoto no Japão, ordenou a suspensão de sete dos 17 reatores em funcionamento na Alemanha.

Os líderes do partido Os Verdes no Parlamento, Renate Kunast e Jurgen Trittin, e pelo chefe da oposição parlamentar social-democrata, Frank-Walter Steinmeier, comandam a marcha em Berlim. Paralelamente, cerca de 20 mil manifestantes protestam em Colônia e Hamburgo.

Também estão sendo planejadas manifestações em Munique e em outra cidades. É terceira vez em uma semana que há protestos contra o funcionamento de usinas nucleares no país. As reações ocorreram depois das explosões e vazamentos nucleares no Japão ocorridos após o terremoto seguido de tsunami no país."

Obama nega envio de tropas terrestres para a Líbia

26/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-26/obama-nega-envio-de-tropas-terrestres-para-libia

Da Agência Lusa

"Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu hoje (26) que não serão enviadas forças terrestres para a Líbia. “Como já tinha dito, o papel das forças norte-americanas é limitado. Não vamos colocar forças terrestres na Líbia”, disse ele, no seu programa semanal na rádio. Há uma semana as forças da coalição atacam o país por via aérea.

Obama afirmou que as forças de coalizão atuam de forma “clara, focada e bem sucedida”. “Estamos protegendo o povo líbio das forças de [Muammar] Kadhafi. Declaramos uma zona de exclusão aérea e tomamos outras medidas para prevenir futuras atrocidades”, disse ele.

Segundo o presidente norte-americano, as ações internacionais evitaram “uma catástrofe humanitária” por que as forças aliadas a Khadafi atacam civis.

O embaixador da Rússia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Dmitry Rogozin, afirmou que o envio de operações militares terrestres para Líbia pode ser interpretado como “ocupação” contrariando a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Pela ordem do conselho, o objetivo é garantir a zona de exclusão aérea na Líbia.

Primeiro líder estrangeiro a reconhecer a oposição da Líbia, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, recebeu ontem (25) uma correspondência do comando Conselho Nacional de Transição (controlado pelos oposicionistas).

Na carta, o líder oposicionista líbio Mahmoud Jibril agradeceu o apoio do francês e classificou os soldados das forças de coalizão como “libertadores”. Porém, ele pediu que não sejam enviadas tropas por terra.

“Nós não queremos forças externas. Não precisamos. Vamos, graças a vocês, ganhar a primeira batalha. E venceremos pelos nossos próprios meios a batalha seguinte. A nossa libertação é para amanhã”, disse o líbio."

Brasil vence mais uma disputa comercial contra os Estados Unidos na OMC

25/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-25/brasil-vence-mais-uma-disputa-comercial-contra-os-estados-unidos-na-omc

"Brasília – A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu que algumas taxas antidumping impostas pelos Estados Unidos sobre importações de suco de laranja brasileiro violam as leis do comércio internacional. O relatório final com o parecer favorável ao Brasil foi divulgado hoje (25), em Genebra, para todos os países associados da OMC. O relatório é resultado de um apelo feito pelo Brasil na OMC em 2008, no qual denunciou a ilegalidade dos critérios adotados pelos Estados Unidos para definir a prática de dumping no suco de laranja produzido no país.

A OMC acatou os argumentos do Brasil e considerou que método de cálculo, chamado zeroing, aplicado pelos americanos, “é incompatível” com a acordo antidumping. O texto aponta que “uma metodologia de comparação que ignora transações, que se tivessem sido levadas em conta resultariam em uma margem menor de dumping, deve ser considerada injusta”.

Com isso, a organização recomendou que os Estados Unidos tomem as medidas necessárias para tornar suas exigências compatíveis com o Acordo Antidumping. A decisão do painel deve ser aplicada pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC entre 20 e 60 dias a contar de hoje. A data pode ser alterada se houver recurso ao Órgão de Apelação do organismo multilateral.

Além do Brasil, a União Europeia e oito países (Canadá, Japão, Equador, Tailândia, México, Coreia, Vietnã e China) abriram painéis contra os Estados Unidos na OMC sobre o mesmo assunto."

terça-feira, 22 de março de 2011

Nota do Itamaraty sobre a situação na Líbia

Situação na Líbia

Nota nº 120

21/03/2011
Fonte: MRE
http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/situacao-na-libia-2

"Ao lamentar a perda de vidas decorrente do conflito no país, o Governo brasileiro manifesta expectativa de que seja implementado um cessar-fogo efetivo no mais breve prazo possível, capaz de garantir a proteção da população civil, e criar condições para o encaminhamento da crise pelo diálogo.

O Brasil reitera sua solidariedade com o povo líbio na busca de uma maior participação na definição do futuro político do país, em ambiente de proteção dos direitos humanos.

O Governo brasileiro reafirma seu apoio aos esforços do Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Líbia, Abdelilah Al Khatib, e do Comitê ad hoc de Alto Nível estabelecido pela União Africana na busca de solução negociada e duradoura para a crise."

domingo, 20 de março de 2011

Obama fala de esforços para acabar com barreiras comerciais a produtos brasileiros exportados para os EUA

20/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-20/obama-fala-de-esforcos-para-acabar-com-barreiras-comerciais-produtos-brasileiros-exportados-para-os-e

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Cobrado ontem (19) pela presidenta Dilma Rousseff para suspender as barreiras comerciais impostas aos produtos brasileiros, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu hoje (20) rever a situação. Em discurso no Theatro Municipal, Obama disse que há esforços para acabar com as barreiras. “Estamos tentando derrubar as barreiras comerciais”, afirmou.

O Brasil e os Estados Unidos travam várias disputas comerciais em decorrência das barreiras impostas pelo governo norte-americano a vários produtos nacionais. Os mais atingidos pelas tarifas são o suco de laranja, aço e algodão, além de restrições que pesam sobre o etanol brasileiro.

Ontem, Dilma apelou para a "franqueza" que visa a construir uma relação de maior profundidade" entre o Brasil e os Estados Unidos, e pediu a Obama o fim das barreiras comerciais. Em pronunciamento, no Palácio do Planalto, ela defendeu o equilíbrio das relações comerciais numa referência ao déficit que há na balança brasileira em relação ao intercâmbio comercial com os EUA.

De 2000 a 2010, a balança comercial entre o Brasil e os Estados Unidos passou de um superávit em favor do Brasil de US$ 290 milhões para um déficit de mais de US$ 7,7 bilhões, de acordo com dados consolidados no ano passado pela área econômica. No discurso de hoje, Obama não mencionou detalhes sobre os esforços feitos para resolver a questão e nem citou o problema do déficit.

Para uma plateia de cerca de 2,5 mil pessoas, o norte-americano elogiou a presidenta Dilma Rousseff. Lembrou que ela é filha de imigrantes, de pai búlgaro com mãe brasileira, e destacou sua competência. Para Obama, este é um exemplo de alguém que tem o perfil para defender os direitos humanos e a democracia, pois viveu também as agruras da ditadura ao ser torturada.

“A filha de um imigrante sabe o que é viver sem os direitos humanos mais básicos, ela [Dilma] sabe o que é superar. Esta mulher é a presidente de todos aqui, é Dilma Rousseff. Nossas nações têm muitos desafios pela frente”, afirmou."

Divergências entre países são naturais e não impedem parcerias, diz Obama em discurso no Rio

20/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-20/divergencias-entre-paises-sao-naturais-e-nao-impedem-parcerias-diz-obama-em-discurso-no-rio

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Demonstrando conhecer a história política brasileira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje (20), durante o discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que o Brasil conseguiu transformar o país que viveu sob a ditadura em exemplo de democracia. Segundo ele, os Estados Unidos “reconhecem e torcem” pelo sucesso brasileiro. De acordo com o presidente, as divergências são naturais e não impedem as parcerias.

O norte-americano disse também que o futuro do Brasil é agora e não há mais o que esperar. De acordo com ele, havia pressão interna e externa que bloqueava o avanço brasileiro.“O Brasil mostra que uma ditadura pode tornar uma democracia crescente. É um país que teve um movimento que começou nas ruas e transformou o Brasil e o mundo”, disse Obama, citando as manifestações contra o regime militar ocorridas no Brasil e em particular, a passeata de 1968, no Rio.

Obama afirmou que agora é o momento do reconhecimento do Brasil na comunidade internacional, ao contrário do que ocorreu no passado. “[Antes] o que freava era a política em casa e fora daqui. Este dia chegou. O futuro já chegou ao Brasil. É hora de agarrar o futuro.”

De acordo com o presidente norte-americano, as divergências são naturais, o que não impede o trabalho conjunto e as ações parceiras. “Os nossos países nem sempre concordaram em tudo. Os americanos reconhecem e torcem pelo sucesso brasileiro. Vamos permanecer juntos”, disse ele.

Obama afirmou ainda que o Brasil e os Estados Unidos se esforçam pelo aperfeiçoamento da democracia. “O futuro de um povo será determinado pelo próprio povo. A mudança não é algo que devamos temer”, completou."

Obama cita Brasil como exemplo de democracia e diz que países são soberanos

20/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-20/obama-cita-brasil-como-exemplo-de-democracia-e-diz-que-paises-sao-soberanos

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – No momento em que uma coalizão internacional lança mísseis sobre a Líbia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje (20), em discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que os países são soberanos e não podem sofrer intervenções. Ele defendeu a democracia como princípio e direito de todos os cidadãos do mundo. Obama mencionou vários aspectos da cultura brasileira e o Brasil como exemplo de democracia consolidada.

“Nenhuma nação poderá se impor sobre outra nação”, afirmou Obama, sendo aplaudido pela plateia. “Onde a luz da liberdade estiver acesa, o mundo estará mais iluminado, este é o exemplo do Brasil”, disse ele. “A democracia é a maior parceira do progresso humano. A democracia oferece oportunidades para que todos os cidadãos sejam tratados com respeito”, acrescentou.

Em seguida, o presidente reiterou que os Estados Unidos têm condições de falar sobre as conquistas a partir da consolidação dos sistemas democráticos. “Sabemos, por meio da nossa experiência nos Estados Unidos, que é importante trabalhar juntos até mesmo quando discordamos. Pode ser que o nosso modo de trabalhar seja lento e meio devagar, meio bagunçado, mas é preciso.”

Obama citou as manifestações populares nos países muçulmamos a partir da Tunísia, em janeiro, e que se estenderam para o Egito, a Líbia, o Iêmen, a Síria e outros locais do Oriente Médio e do Norte da África. “Hoje, vemos uma revolução, baseada na Tunísia, por anseio pela dignidade humana. Homens, mulheres, dando-se o direito de determinar o próprio futuro”, disse ele.

No discurso de pouco mais de 15 minutos, com o texto improvisado, o presidente citou o escritor Paulo Coelho. “Como diz o Paulo Coelho, com a força da nossa vontade e amor, podemos mudar”, afirmou, arrancando aplausos entusiasmados da plateia.

De manhã, Obama pretendia visitar o Cristo Redentor. Iinformações não confirmadas oficialmente indicam que ele adiou o passeio para o fim da tarde porque estava coordenando uma reunião vinculada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o agravamento da crise na Líbia.

A área em volta do local onde Obama esteve foi cercada por um forte esquema de segurança com soldados do Exército, que afastavam a população em um raio de cerca de 200 metros do Theatro Municipal. O discurso não foi transmitido em telões na Cinelândia, como inicialmente havia sido divulgado.

Aproximadamente 2,5 mil pessoas foram convidadas para acompanhar o discurso. Representantes de associações, entidades, organizações não govenamentais, além de políticos, empresários e artistas receberam convite. Na rede social Twitter, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que todos foram orientados a desligar os aparelhos celulares."

Obama autoriza, no Brasil, uso da força militar contra Khadafi

19/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-19/obama-autoriza-no-brasil-uso-da-forca-militar-contra-khadafi

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Forças dos Estados Unidos e de mais quatro países iniciaram ataques contra as tropas do líder líbio Muammar Khadafi, segundo informou o presidente Barack Obama, em um comunicado a jornalistas norte-americanos que acompanham a visita dele ao Brasil. A força de coalizão é formada por Inglaterra, França, Itália e Canadá, além dos EUA.

De acordo com Obama, o uso da força não era a primeira opção dos norte-americanos. Porém, ele lembrou que a comunidade internacional deu um prazo para Khadafi cessar fogo contra os insurgentes. Segundo Obama, o ultimato foi ignorado pelo líder líbio. O presidente afirmou que ação militar é para defender o povo líbio dos ataques das forças de Khadafio e, também, os interesses dos Estados Unidos e dos países da coalizão.

“Estamos respondendo aos pedidos do povo e reagindo contra uma ameaça ao mundo e aos Estados Unidos”, afirmou Obama em comunicado gravado em Brasília e transmitido pelas redes de televisão dos Estados Unidos. "Tenho consciência dos riscos de uma ação militar. Quero que o povo americano saiba que o uso da força não foi nossa primeira opção".

Obama informou que soldados americanos não serão usados para combates em terra. As ações militares estão concetradas em ataques aéreos e de navios de guerra, com o objetivo de gatrantir a zona de exclusão aérea aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na última quinta-feira (17) e proteger a população civil de ataques das forças leais ao governante líbio.

Mais cedo, o Ministério da Defesa da França informou que caças franceses atacaram veículos militares líbio."

sábado, 19 de março de 2011

Dilma pede a Obama regras mais transparentes para exportações

19/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-19/dilma-pede-obama-regras-mais-transparentes-para-exportacoes

Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Barack Obama on the Primaryphoto © 2007 Steve Jurvetson | more info (via: Wylio)
"Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cobrou hoje (19) “regras mais transparentes” em relação à Rodada Doha e “fluxos mais equilibrados tanto em termos quantitativos quanto qualitativos”. Dilma fez a cobrança em discurso no Palácio Itamaraty, ao lado do presidente norte-americano, Barack Obama.

A cobrança de Dilma é uma resposta aos apelos do empresariado nacional. Os empresários brasileiros reclamam das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtores do Brasil, principalmente no que refere ao aço, suco de laranja e à carne bovina.

A presidenta ressaltou que o Brasil vem apresentando “desenvolvimento sustentável com respeito ao meio ambiente”, com sua matriz energética renovável, e está disposto a fazer uma parceria energética com os Estados Unidos tanto no pré-sal quanto em energias limpas.

Em meio aos esforços para avançar na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas de tal maneira que o Brasil consiga ocupar um assento permanente, Dilma destacou a posição pacífica do país. “Temos orgulho de viver em paz há mais de um século com todos os nossos dez vizinhos”, afirmou.

Ela ressaltou que o Brasil intensifica as parcerias desenvolvidas na África e no Oriente Médio e a participação para um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A presidenta reiterou as demandas do governo brasileiro antes do brinde que ofereceu em homenagem a Obama e sua família."

Brasil e Estados Unidos formalizam dez acordos, mas deixam de fora alguns polêmicos

19/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-19/brasil-e-estados-unidos-formalizam-dez-acordos-mas-deixam-de-fora-alguns-polemicos

Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

"Brasília - Os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram hoje (19), no Palácio Itamaraty, dez acordos de cooperação. Os textos envolvem áreas estratégicas que vão desde economia e comércio até ciência e tecnologia. No total, são dez textos em setores como comércio e cooperação econômica; transporte aéreo; uso pacífico do espaço exterior; apoio à organização de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas; pesquisas em biodiversidade; desenvolvimento de biocombustíveis de aviação e cooperação técnica em outros países.

Entre os temas de destaque estão o Tratado Econômico e Comercial (Teca), que estabelece contatos entre os governos nas negociações para acelerar eventuais articulações, e o apoio para a realização de eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.

Porém, temas polêmicos, como o fim de vistos para brasileiros que viajam aos Estados Unidos e um acordo previdenciário ficaram para uma próxima etapa de negociações. Nesta fase de articulações, os assessores dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e Dilma Rousseff não conseguiram consenso nesses temas.

Na área de comércio, foi criada Comissão Brasil-Estados Unidos para Relações Econômicas e Comerciais. O objetivo desse grupo é promover a cooperação econômica e comercial bilateral. A comissão vai desenvolver um programa para facilitar a liberação do comércio e de investimentos bilaterais e examinará temas que estão sempre em pauta entre as duas nações, como direitos de propriedade intelectual.

Na área agropecuária, serão analisadas medidas sanitárias e fitossanitárias, barreiras técnicas ao comércio e a cooperação no Comitê Consultivo Agrícola Brasil Estados Unidos. Os empresários brasileiros se queixam das restrições impostas pelos EUA aos produtos brasileiros. Nos últimos dias, 14 dos 50 estados norte-americanos abriram concessões ao Brasil."

Estados Unidos apoiam ascensão do Brasil no cenário internacional, diz Obama

19/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-19/estados-unidos-apoiam-ascensao-do-brasil-no-cenario-internacional-diz-obama

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Os Estados Unidos não apenas reconhecem a ascensão do Brasil como apoiam a inserção cada vez maior do país no cenário internacional, disse hoje (19) o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O líder norte-americano, no entanto, não expressou apoio explícito à pretensão do Brasil de assumir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

“Continuamos a trabalhar com Brasil para que reformas permitam tornar o Conselho de Segurança um órgão mais eficiente e eficaz”, limitou-se a dizer o presidente dos Estados Unidos. Ele afirmou ainda que o Brasil é um dos países líderes nas iniciativas para a governança aberta e transparente das Nações Unidas.

Apesar da cautela em relação à ampliação do Conselho de Segurança, Obama citou avanços na política externa brasileira. No discurso no salão leste do Palácio do Planalto, ele ressaltou as recentes reformas que fortaleceram a posição brasileira nos organismos multilaterais, como o G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. “Os Estados Unidos não apenas reconhecem a emergência do Brasil, como apoia essa emergência. Por isso, transformamos o G20 no principal fórum econômico para que o Brasil tenha voz mais potente”, afirmou Obama.

Em relação à segurança, o presidente norte-americano mencionou o trabalho conjunto dos dois países para enfrentar a crise humanitária no Haiti, as parcerias para combate ao tráfico de drogas e anunciou a criação de um centro conjunto de segurança nuclear.

Obama destacou a assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, comércio e intercâmbio acadêmico. Segundo ele, essas parcerias resultarão em oportunidades para os dois países:“Lançamos bases para uma cooperação que durará décadas”."

Dilma cobra de Obama fim de barreiras comerciais

19/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-19/dilma-cobra-de-obama-fim-de-barreiras-comerciais

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Dilma Roussef _DDC2542photo © 2011 thierry ehrmann | more info (via: Wylio)
"Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cobrou hoje (19) do presidente do Estados Unidos, Barack Obama, o fim de barreiras protecionistas a setores produtivos da economia americana, como condição para intensificar relações comerciais entre os dois países. Em declaração conjunta à imprensa no Palácio do Planalto, Dilma citou setores como o de biocombustíveis, especificamente o etanol, exportação de carne, algodão, suco de laranja e aço, produtos brasileiros que precisam enfrentar sobretaxas para entrar nos Estados Unidos.

“Somos um país que se esforça para sair de anos de baixo desenvolvimento. Por isso buscamos relações comerciais mais justas e equilibradas. Para nós, é fundamental que sejam rompidas as barreiras que se erguem contra nossos produtos”, defendeu a presidenta.

Dilma disse ainda que está preocupada com os “efeitos agudos gerados pelas crises recentes”, mas que reconhece os esforços feitos pelo presidente Barack Obama para dinamizar a economia norte-americana, abalada pela crise dos últimos anos.

“Preocupam-me os efeitos agudos decorrentes dos desequilíbrios econômicos gerados pela crise recente. Compreendemos o contexto dos esforços empreendidos por seu governo para a retomada da economia americana, algo tão importante para o mundo.”

O tom do discurso foi classificado pela própria presidenta como de franqueza. “Se queremos construir uma relação de maior profundidade, é preciso também com a mesma franqueza tratar de nossas contradições”, disse Dilma que chegou a falar da necessidade de “apreender com os erros”, ao tratar da necessidade de reforma dos fóruns internacionais. “Preocupa-me igualmente a lentidão das reformas nas instituições multilaterais que ainda refletem um mundo antigo” disse a presidenta.

Dilma citou a ampliação da participação de países emergentes como o Brasil no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI), mas ressaltou que foram mudanças “limitadas e tardias”, se olhadas sob o contexto da crise econômica. A presidenta afirmou que o pleito do Brasil de ter assento permanente no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) não é movido pelo “interesse menor da ocupação burocrática dos espaços de representação”.

“O que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e harmonia entre os povos. Mais ainda, senhor presidente, nos interessa aprender com os nossos próprios erros”, disse a presidenta. “Foi preciso uma gravíssima crise econômica para mover o conservadorismo que bloqueava as reformas das instituições financeiras”, ressaltou."

sexta-feira, 18 de março de 2011

Abstenção do Brasil em relação à Líbia significa que uso da força não é o ideal, indica diplomacia

18/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-18/abstencao-do-brasil-em-relacao-libia-significa-que-uso-da-forca-nao-e-ideal-indica-diplomacia


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

“Brasília – O Brasil, a China, Índia, Rússia e Alemanha se abstiveram ontem (17) na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, da resolução que estabelece uma zona de exclusão aérea na Líbia e autoriza “todas as medidas necessárias” para “proteger civis e áreas habitadas [por civis]” de ataques das forças leais ao regime do presidente Muammar Khadafi.

De acordo com diplomatas, a posição brasileira é uma forma de demonstrar que o uso da força não é o ideal no momento. Diplomatas brasileiros afirmam que a abstenção, nesse caso, significa que o Brasil acreditava que havia espaço para a busca do diálogo como mecanismo para o cessar-fogo.

A representante do Brasil nas Nações Unidas, a embaixadora Maria Luiza Viotti, afirmou que a abstenção não deve ser interpretada como “endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência”. Segundo ela, o governo brasileiro “não está convencido” de que o uso da força, como definido na resolução aprovada, levará ao fim da violência e garantirá a proteção aos civis.

A embaixadora disse que o Brasil é solidário às manifestações populares, que ocorrem no Norte da África e também no Oriente Médio. Para ela, são movimentos que expressam “reivindicações legítimas por melhor governança". A diplomata ressaltou que é necessário apoiar a Liga Árabe, que busca soluções para o impasse na região.

Ontem (17), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, manifestou o receio do governo brasileiro sobre os efeitos causados por ações militares na Líbia. “Uma intervenção militar, mesmo que motivada pelos mais nobres sentimentos, pode desencadear uma onda de violência”, disse.

Patriota afirmou que a expectativa do governo brasileiro era a busca por soluções negociados, sem intervenções diretas na região. “Acho que [a comunidade internacional] deveria tentar alguma coisa, sem ações adicionais que têm o potencial desestabilizador. Merecem ser feitos esforços de diálogo para a redução da violência e uma saída política.”

Ontem à noite, o Conselho de Segurança das Nações aprovou a resolução por dez votos favoráveis e cinco abstenções, do total de 15 integrantes do órgão. Não houve votos contrários. A previsão é que os primeiros ataques contra a Líbia comecem nas próximas horas e sejam realizados pelas forças aéreas da França e da Grã-Bretanha.

A votação em Nova York ocorreu no mesmo dia em que Khadafi fez um discurso em que ameaçou lançar uma ofensiva contra a cidade de Benghazi – considerada a capital da oposição. No pronunciamento, o líder disse que a “hora da decisão chegou”. Segundo ele, os opositores que largarem as armas serão anistiados, mas “não haverá misericórdia nem compaixão” com os restantes.

As informações são da BBC, Brasil, da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa, e do Ministério das Relações Exteriores.”

quinta-feira, 17 de março de 2011

Brasil quer relação de igual para igual com Estados Unidos, diz Patriota

17/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-17/brasil-quer-relacao-de-igual-para-igual-com-estados-unidos-diz-patriota

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (17) que a visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo fim de semana deve representar, sobretudo, o estabelecimento de um novo patamar nas relações entre os dois países. Ele disse que o Brasil quer uma relação de igual para igual, sem confrontação.

“O Brasil quer uma relação de igual para igual. As circunstâncias no mundo de hoje favorecem isso”, afirmou o chanceler. “O Brasil se consolidou como democracia”, acrescentou, lembrando que as fontes renováveis no Brasil são 45% da matriz e que os brasileiros estão envolvidos em vários temas de interesse global.

Patriota disse que o governo do Brasil participa de várias frentes de articulação na América Latina, na África, no Oriente Médio e nos países desenvolvidos. “Estamos em articulação com os nossos vizinhos e com o mundo em desenvolvimento, que oferecem frentes múltiplas de cooperação. Queremos multipolaridade da cooperação, não da rivalidade, do protagonismo e da confrontação”, afirmou.

Segundo o chanceler, a expectativa é que Obama sinalize favoravelmente à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ao ingresso do Brasil como membro permanente. Ele reconheceu, no entanto, que apenas a sinalização não resolverá o impasse que há no órgão em decorrência da divergência interna – dos favoráveis e dos contrários à reestruturação do conselho.

“Uma manifestação dos Estados Unidos não vai afetar dramaticamente os acontecimentos, pois envolve entendimentos nas Nações Unidas, a aprovação da maioria de dois terços [dos 15 integrantes do conselho, ou seja, o apoio de dez países] e a ratificação dos cinco membros permanentes. [Mas] um discurso dos Estados Unidos é um dado significativo”, disse Patriota.

O ministro ressaltou que Obama, em 2009, já havia indicado que tinha interesse em conhecer o Brasil. Segundo ele, esta é a nona visita de um presidente norte-americano ao Brasil e ocorre na melhor fase vivida no país.

“Dos nove presidentes americanos que visitaram o Brasil, esta será a ocasião em que um presidente norte-americano encontrará o país em melhores condições econômicas, políticas e com um perfil internacional elevado, uma diplomacia muito ativa, um alcance verdadeiramente global da diplomacia”, afirmou."

Norte-americana, mulher de chanceler brasileiro será cicerone de Michelle Obama

17/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-17/norte-americana-mulher-de-chanceler-brasileiro-sera-cicerone-de-michelle-obama


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, será ciceroneada nos dois dias que passará em Brasília e no Rio de Janeiro pela conterrânea Tânia Cooper Patriota, mulher do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Norte-americana, Tânia é funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU) e trabalhou recentemente na Colômbia e no Haiti.

No Brasil, Michelle e as filhas Malia, de 10 anos, e Sasha, de 7, terão agendas separadas da programação do presidente norte-americano, Barack Obama. Por questões de segurança, a Embaixada dos Estados Unidos evitou divulgar detalhes das atividades e passeios que elas farão tanto em Brasília quanto no Rio.

Porém, há confirmações que em Brasília a primeira-dama e as filhas assistirão a um espetáculo cultural e terão encontro com jovens estudantes brasileiros. Também há expectativa de visitas a uma escola pública e até ao zoológico, mas essas duas possibilidades não foram confirmadas por enquanto.

No Rio de Janeiro, Michelle, Malia e Sasha irão ao Jardim Botânico, no bairro de mesmo nome, na zona sul da cidade. Construído no século 19, o local é uma das áreas verdes mais bem preservadas do Rio, reunindo cerca de 6.500 espécies – algumas ameaçadas de extinção –, que estão em uma área de 54 hectares.

No Jardim Botânico há monumentos históricos, artísticos e arqueológicos, além de um centro de pesquisa, que inclui biblioteca especializada em botânica com mais de 30 mil volumes. Há ainda a previsão de passeios ao Cristo Redentor, a uma praia e à comunidade Cidade de Deus, na zona oeste."

Embaixada e Consulado do Brasil no Japão preparam retirada de mais brasileiros [das áreas de risco]

17/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-17/embaixada-e-consulado-do-brasil-no-japao-preparam-retirada-de-mais-brasileiros

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Embaixada do Brasil no Japão e o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio preparam para amanhã (18) uma nova operação de resgate de brasileiros que vivem na região de Miyagi, onde está a cidade de Sendai, que sofreu tremores intensos de terra e tsunamis. Serão enviados dois ônibus, um caminhão e uma van para a região. O Ministério das Relações Exteriores informou que os brasileiros retirados de Sendai serão levados para Tóquio.

Anteontem (15) foi resgatado um grupo de 25 brasileiros que moravam nas áreas de Miyagi e Fukishima - onde houve os acidentes nucleares. Do total de 254 mil brasileiros que vivem no Japão, 777 estavam em áreas consideradas de risco em decorrência dos tremores de terra, tsunamis e acidentes nucleares.

As regiões consideradas pelas autoridades como mais delicadas são Fukushima – por causa das explosões e vazamentos nucleares – e Miyagi, Iwate e Aomori – ameaçadas por causa dos acidentes naturais.

De acordo com o Itamaraty, há um esquema de plantão tanto na Embaixada do Brasil no Japão, quanto nos três consulados em funcionamento no país. Paralelamente, há funcionários da representação brasileira que percorrem as áreas mais atingidas para levantar as necessidades e entregar mantimentos.

No site do consulado do Brasil em Tóquio há uma relação dos locais que funcionam como abrigos em várias cidades japonesas. A maioria dos locais transformados em abrigos é de escolas primária e secundária. Para mais informações o endereço eletrônico é o do Setor de Assistência a Brasileiros (assistencia@consbrasil.org).

Governo vai avaliar condições de segurança das usinas nucleares de Angra dos Reis

17/03/2011
Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-17/governo-vai-avaliar-condicoes-de-seguranca-das-usinas-nucleares-de-angra-dos-reis

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo federal vai fazer uma avaliação das condições de segurança das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, as únicas em funcionamento no país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, essa análise será feita pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), em parceria com a estatal Eletronuclear e técnicos do governo. “Vários países do mundo estão fazendo isso e nós vamos fazer também. Não queremos ficar na contramão de nada. Temos consciência de que o episodio do Japão foi um episódio grave e não queremos jamais que isso se repita”, afirmou o ministro.

Segundo Lobão, para fazer essa avaliação não será preciso paralisar a construção da Usina Nuclear Angra 3, que está prevista para entrar em operação em 2015. Angra 1 e Angra 2, juntas, têm capacidade instalada de 2 mil megawatts. A partir de 2015, a conclusão de Angra 3 agregará ao sistema mais 1.080 megawatts.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Itamaraty diz que governo não vai trazer de volta brasileiros que vivem no Japão

16/03/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-16/itamaraty-diz-que-governo-nao-vai-trazer-de-volta-brasileiros-que-vivem-no-japao


Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores não tem planeja, por enquanto, uma retirada em massa de brasileiros que se encontram no Japão. Mesmo após o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) declarar preocupação com a séria situação da Usina Nuclear de Fukushima, onde ocorreram explosões e vazamento de material radioativo, o governo brasileiro não divulgou nenhuma estratégia para resgatar a comunidade brasileira no país em caso de acidente nuclear grave.

De acordo com o Itamaraty, enquanto as autoridades japonesas e a própria Aiea não comunicarem que há necessidade de retirar as pessoas do país, atingido por um terremoto de 9 graus na escala Richter seguido de um tsunami e que está enfrentando problemas com as usinas atômicas, o Brasil não enviará aviões ou navios para resgatar os brasileiros.

A decisão do governo brasileiro preocupa o nipo-brasileiro Hugo Takeshi Sakamoto, que já morou no Japão e retornou ao país nipônico há cerca de um mês. Ele disse que se sente desorientado e preocupado com o que considera um “excesso de tranquilidade” das autoridades e da mídia japonesas. “Eles estão muito calmos, dizem que está tudo bem, mas eu sinto que não está. E ninguém nos orienta. Seria melhor que fizessem isso antes que alguma coisa mais grave acontecesse”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Takeshi tem dois irmãos morando no Japão, ambos casados e com filhos no país. Um deles, Massahiro Sakamoto, mora na cidade de Fukushima e precisou ser resgatado quando a radiação da usina atômica, que fica a cerca de 30 quilômetros da casa dele, começou a vazar. “Nós fomos buscá-lo. Levamos dois dias para chegar lá, a estrada está muito cheia, tem muita gente saindo de lá e muita gente que está indo buscar os parentes. Quando a gente vai, não sabe se vai conseguir voltar porque não há combustível para vender”, contou o brasileiro. Massahiro está agora hospedado com a família na casa da irmã, em uma cidade próxima a Tóquio. Em função das dificuldades de comunicação com o Japão, a reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato telefônico com ele.

Ainda de acordo com Takeshi, os brasileiros se ressentem da falta de informações em português, uma vez que nem todos que estão lá dominam a língua local. Ele diz que ligou para o consulado brasileiro e ouviu que deve seguir as orientações do governo japonês. Mas ele alega que nem Brasil nem Japão dizem o que deve ser feito em caso de um vazamento grave de radiação.

“Eu tenho só aquelas máscaras cirúrgicas fininhas em casa. Vedei as janelas e estamos evitando tomar banho porque começou a chover e sabemos que a radiação já chegou a Tókio, então estamos com medo de a água ter sido contaminada. Mas eu não sei o que fazer se houver uma explosão na usina. Devo cavar um buraco e me esconder embaixo da terra, me trancar no banheiro? Ninguém diz nada sobre isso”, alegou o brasileiro.

Ele conta ainda que o preço das passagens para sair do Japão triplicou e que não há vagas no voos programados para os próximos 20 dias com destino aos Estados Unidos, onde já morou, ou ao Brasil. Apesar disso, ele diz que virá para o país assim que for possível e que os sobrinhos também devem deixar o Japão. “Minha irmã quer tirar os filhos dela daqui, eles devem ir para a casa da minha mãe em Minas Gerais”.

O Itamaraty orienta os brasileiros a acompanhar a página do consulado e da embaixada brasileira na internet. As informações em japonês têm sido traduzidas para o português e a página é atualizada constantemente.

Tragédia no Japão não deve afetar relação comercial com o Brasil, diz economista do Iedi

16/03/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-16/tragedia-no-japao-nao-deve-afetar-relacao-comercial-com-brasil-diz-economista-do-iedi


Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O desastre natural que destruiu a Região Nordeste do Japão, vitimando mais de 4 mil pessoas e deixando outras 9 mil desaparecidas, segundo os dados da Polícia Nacional Japonesa, trouxe uma série de incertezas econômicas no cenário mundial.

Ocupante da sexta posição na balança comercial brasileira, a expectativa, apesar da dimensão da tragédia, no entanto, é que a relação de comércio entre os dois países não seja afetada. De acordo com o economista chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério Cézar Souza, não deve ocorrer mudança significativa na relação comercial entre o Brasil e o Japão.

“Ainda é difícil mensurar, mas não acredito em efeito severo quando avaliarmos o ano todo”, disse. Além disso, o especialista acredita em uma rápida recuperação japonesa. “Não deve haver efeito a longo prazo. O país vai se restabelecer o mais rápido possível e retomar o comércio exterior. Medidas de subsídios e desoneração de impostos devem ser tomadas”.

Souza ressaltou que o maior problema do país atingido será resolver problemas de infraestrutura. “O abalo será momentâneo, mais por questões físicas, que por questões econômicas”, analisou. Mudança nos preços dos produtos importados também estão descartadas, no momento. “Não dá para falar em aumento no preço dos carros e de eletrônicos, por exemplo. O efeito não vai ser tão direto”, avaliou.

Se o clima é de apreensão no cenário econômico, para o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares (Sinaees), Wilson Périco, representante das empresas japonesas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), não há sinais de que haverá mudanças na relação comercial com o Japão. “As informações que temos das transportadoras é que não há problema nesse sentido. Os principais portos e aeroportos não foram atingidos. Ainda não tivemos nenhum reflexo”, garantiu.

Preventivamente, no entanto, os empresários já buscam alternativas de diferentes mercados fornecedores de produtos eletrônicos. “Como existe uma possibilidade de mudança, temos buscado outros fornecedores entre os países asiáticos”, admitiu Périco. Segundo ele, o Vietnã, a Tailândia e Taiwan podem suprir o mercado de produtos eletrônicos por um período. Atualmente, 37 empresas japonesas têm instalações no Polo Industrial de Manaus.

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) ainda analisa os efeitos da catástrofe ocorrida nos últimos dias. “De imediato, não deve haver grande impacto, porém vamos avaliar a situação caso a caso”, comentou a superintendente da autarquia, Flávia Grosso. O efeito não deve ser evidente, porque a maior parte das empresas instaladas no local, dependentes de insumos das matrizes, costumam deixar estoques para 30 a 60 dias. Além disso, de forma geral, as principais empresas japonesas instaladas no PIM têm um alto grau de nacionalização e de regionalização das etapas de produção.

Em 2010, a balança comercial entre o Brasil e o Japão foi superavitária em US$ 159 milhões. As exportações somaram US$ 7,1 bilhões, enquanto a importações registradas foram de US$ 6,9 bilhões. Entre os principais produtos vendidos pelo Brasil estão minério de ferro e pedaços de frango, que somaram US$ 254 milhões e US$ 71 milhões, respectivamente, no ano passado. Os dois itens correspondem a 52% do total exportado.

No caso das importações brasileiras, o destaque fica por conta da compra de automóveis, que foi responsável por 6,26% do total importado. Em valores absolutos, as compras somaram cerca de US$ 39 milhões. Em seguida, aparecem os trilhos de aço e peças automotivas, no qual foram gastos US$ 29 milhões e US$ 16 milhões, respectivamente.

Analisando o mês de janeiro de 2011 frente o mesmo mês do ano passado, os números cresceram significativamente. Nas vendas externas, o aumento foi de 74,9%, com as exportações brasileiras para o Japão passando de US$ 351 milhões para US$ 614 milhões. Nas importações, o aumento foi de 36%. A participação dos produtos japoneses passou de US$ 454 milhões para US$ 621 milhões.

segunda-feira, 14 de março de 2011

2011: O Ano da Holanda no Brasil

Lei 12392, de 4 DE MARÇO DE 2011.
Institui o ano de 2011 como o Ano da Holanda no Brasil.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o ano de 2011 como o Ano da Holanda no Brasil.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Brasília, 4 de março de 2011; 190o da Independência e 123o da República.


DILMA ROUSSEFF
Antonio de Aguiar Patriota
Anna Maria Buarque de Hollanda
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.3.2011 - Edição extra
Fonte: Lei Direto

Depois de incidente no Japão, Sarney afirma que governo deve reavaliar investimentos em construção de usinas nucleares

14/03/2011
Fonte: Agência Brasil
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
"Brasília - O governo brasileiro deve analisar a conveniência de novos investimentos na construção de usinas nucleares depois do que ocorreu no Japão e, principalmente, das consequências a que está submetida a população daquele país, na opinião do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele considera que esse debate científico deverá ser tratado pelo Brasil e por autoridades de todo o mundo.
Na sexta-feira (11), o Japão sofreu um terremoto de magnitude 9 na escala Richter seguido de um tsunamique devastou cidades do nordeste do país. Autoridades japonesas decretaram a evacuação de um raio de 20 quilômetros (km) ao redor da Usina de Fukushima Daiichi e de 3 km em volta da Usina Fukushima Daini, depois do registro de avarias provocadas pelo abalo sísmico e do vazamento de gás radioativo.
Hoje, o Brasil tem em funcionamento duas usinas nucleares – Angra 1 e Angra 2 –, no Rio de Janeiro. No ano passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 6,1 bilhões para a construção de Angra 3.
Segundo a Eletronuclear, esse financiamento corresponde a 58,6% do investimento total do projeto. A empresa, à época da aprovação do financiamento, informou que ainda seria necessário investimentos diretos de cerca de R$ 9,9 bilhões.
Mesmo no Brasil, onde é baixa a probabilidade de terremotos de grande magnitude e de tsunamis, como os ocorridos no Oceano Pacífico, José Sarney ressaltou que “a natureza tem suas próprias vontades”. O presidente do Senado destacou, entretanto, que o debate sobre a necessidade de investimento em energia nuclear deve ser tratado por cientistas e não por “opiniões de políticos”.
“Eles [cientistas] sabem de nossas vulnerabilidades e onde elas podem ocorrer, mesmo porque cabe verificarmos que a natureza tem suas próprias vontades”, disse ele.
Segundo a agência de notícias Lusa, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, disse ontem (13) que o seu país e o mundo devem reavaliar o uso da energia nuclear diante dos fatos ocorridos no Japão. Ainda segundo a agência portuguesa, a chanceler deve anunciar hoje a suspensão do prolongamento de funcionamento das centrais nucleares alemãs realizado pelo governo em outubro do ano passado."

Prefeito do Rio e embaixador dos EUA acertam detalhes de visita de Barack Obama à cidade

14/03/2011
Fonte: Agência Brasil

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
"Rio de Janeiro - O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, se reuniu hoje (14) com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para acertar os detalhes da visita do presidente norte-americano, Barack Obama, à cidade no próximo domingo (20). Segundo nota divulgada pela prefeitura, Obama fará um discurso, aberto ao público, na Cinelândia, no centro do Rio.
O discurso ocorrerá à tarde e terá tradução para o português. A Cinelândia é uma das praças mais tradicionais do Rio de Janeiro, ao redor da qual estão a Biblioteca Nacional, o Theatro Municipal e a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, além de bares e cinemas.
Há informações, ainda não confirmadas pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos no Rio, de que Barack Obama visitará uma comunidade carente da cidade pacificada pela polícia e o Cristo Redentor.
Desde quinta-feira passada (10) funcionários do governo norte-americano, inclusive agentes do Serviço Secreto da Casa Branca, estão no Rio de Janeiro mapeando os possíveis locais por onde passará Barack Obama. A segurança do presidente será feita pelo Serviço Secreto, em parceria com as polícias federal e estadual."

domingo, 6 de março de 2011

Tratado de Petrópolis

O Tratado de Petrópolis, de 1903, formalizou a incorporação do Acre ao nosso território, graças ao empenho do Barão do Rio Branco nas negociações com a Bolívia e com o Bolivian Syndicate.

Abaixo, video do Canal politicaexternabr com a história do Tratado de Petrópolis:


sábado, 5 de março de 2011

Consultas entre Brasil e EUA sobre os compromissos assumidos no âmbito do Acordo-Quadro decorrente do contencioso do algodão

Nota nº 89

04/03/2011
Fonte: MRE Brasil
http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/consultas-entre-brasil-e-eua-sobre-os-compromissos-assumidos-no-ambito-do-acordo-quadro-decorrente-do-contencioso-do-algodao

Realizou-se nos dias 3 e 4 de março, no Palácio Itamaraty, reunião de consultas entre representantes do Governo do Brasil e dos Estados Unidos da América, no âmbito do “Acordo-Quadro para uma Solução Mutuamente Acordada para o Contencioso do Algodão na Organização Mundial do Comércio (WT/DS267)”, assinado entre os dois países em 25 de junho de 2010. Esse Acordo-Quadro não constitui a solução final da controvérsia, mas contém conjunto de parâmetros que pautará os entendimentos entre os dois países até que sejam plenamente implementadas as determinações do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC.

Ao início das consultas, o Presidente do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA), convidado para a reunião, fez apresentação das atividades realizadas até o momento pela entidade, a qual foi criada para gerir um fundo de apoio a programas que beneficiem a cotonicultura nacional. Esse fundo, no valor de US$ 147,3 milhões anuais, vem recebendo pagamentos dos EUA em parcelas mensais, a título de compensação pelas perdas dos produtores brasileiros de algodão devido aos subsídios agrícolas norte-americanos.

A agenda da reunião concentrou-se principalmente nas medidas de apoio doméstico dos EUA e o andamento do processo de revisão da legislação agrícola norte-americana (Farm Bill), assim como nos parâmetros e operação do programa de garantia de crédito à exportação (GSM-102).

No mesmo encontro, o Governo brasileiro reafirmou sua expectativa de finalização dos trâmites técnicos necessários para dar início às exportações de carne suína de Santa Catarina, que teve seu status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido pelos EUA em novembro de 2010.

Com relação às exportações de carne “in natura” de outros Estados brasileiros, o Governo brasileiro manifestou sua preocupação com a passagem do prazo inicialmente indicado pelo Departamento de Agricultura norte-americano para a publicação de proposta de regulamento sobre o tema. A delegação brasileira gestionou por uma célere conclusão das várias etapas do processo regulatório que viabilizará o início das exportações do produto brasileiro para aquele mercado.

Nos termos do Acordo Quadro, as próximas consultas deverão acontecer nos Estados Unidos, possivelmente no mês de abril de 2011.