terça-feira, 31 de maio de 2011

OEA se prepara para reintegrar Honduras

31/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-31/oea-se-prepara-para-reintegrar-honduras

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidirá amanhã (1º) sobre o fim da suspensão de Honduras na entidade. O país foi suspenso do órgão em julho de 2009, depois que o então presidente hondurenho, Manuel Zelaya, foi deposto. Para a comunidade internacional, Zelaya foi retirado do governo por um golpe de Estado ocorrendo assim o rompimento das instituições democráticas no país.

Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a tendência é de os integrantes da OEA aceitarem a reintegração de Honduras à OEA. De acordo com o chanceler brasileiro, o governo do presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, vem atendendo às exigências da comunidade internacional indicando sua determinação em consolidar a democracia no país.

Desde o começo do ano, Pepe Lobo se pronuncia publicamente afirmando que promete cumprir e seguir a Constituição de Honduras. Também sinalizou que vai respeitar os opositores mantendo diálogos com o grupo de Zelaya. No entanto, líderes políticos criticam as atitudes de Pepe Lobo e afirmam que o ex-presidente quer ocupar mais espaço no cenário político local.

Zelaya foi deposto em 28 de junho de 2009, quando integrantes das Forças Armadas, do Parlamento e do Judiciário se uniram para retirá-lo do poder. O então presidente foi retirado de casa durante a madrugada e obrigado a deixar o país – quando seguiu para a Costa Rica. Três meses depois, ele pediu abrigo na Embaixada do Brasil em Honduras, onde ficou por cerca de 120 dias.

Com a posse de Pepe Lobo, Zelaya deixou Honduras rumo à República Dominicana. A comunidade internacional liderou um movimento para o ex-presidente ser anistiado e retornar ao país sem ameaças. A iniciativa se concretizou e Zelaya voltou a Tegucigalpa, capital hondurenha, no último dia 28."

Dilma e Mujica acertam cooperação nas áreas de infraestrutura e tecnologia

30/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-30/dilma-e-mujica-acertam-cooperacao-nas-areas-de-infraestrutura-e-tecnologia


Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - A intensificação da cooperação entre o Brasil e o Uruguai nas áreas de infraestrrutura e tecnologia foi a tônica da visita da presidenta Dilma Rousseff, ao Uruguai, hoje (30).

Ao lado do presidente José Mujica, Dilma afirmou que até o final do ano serão concluídos dois trechos da ferrovia que liga os dois países. "Ainda em 2011 deveremos reativar a conexão ferroviária que liga o Brasil ao Uruguai", disse a presidenta em declaração conjunta com o presidente uruguaio.

Os trechos a serem reativados ligam as cidades gaúchas Cacequi e Santana do Livramento que fica na fronteira com o Uruguai. "Esses trechos da ferrovia estarão prontos até o final do ano de 2011", garantiu a presidenta.

O Brasil é o principal destino das exportações uruguaias e também o principal fornecedor do país vizinho. Na declaração, Dilma enfatizou a necessidade de ampliar as trocas comerciais e ressaltou que o Mercosul foi fundamental para que o cone sul tivesse um crescimento acima das taxas mundiais nos últimos anos.

"Nós estamos comemorando 20 anos de existência do Mercosul. Consideramos que somos uma das regiões que mais cresceram no mundo e o papel do Mercosul nesse quadro ganha destaque", disse Dilma.

Em 2010, o intercâmbio bilateral ultrapassou US$ 3 bilhões, o que representou um aumento de 19,4% em relação ao ano anterior. O comércio foi equilibrado, com aproximadamente US$ 1,5 bilhão tanto de exportações quanto de importações provenientes do Uruguai.

Dilma ainda ressaltou a necessidade de afirmação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e de uma cultura de estabilidade democrática nos países da América do Sul. "Nós conseguimos uma grande integração no marco da Unasul, uma integração regional, pró-paz e que garante estabilidade e segurança para a América do Sul. Coincidimos na visão de um mundo multipolar, inclusivo, na qual a responsabilidade dos Estados grandes ou pequenos, seja determinada pela contribuição à paz, ao diálogo e não na sua capacidade de afirmação pela força ou pela ameaça do uso da força", declarou a presidenta.

Além da construção da ferrovia, Dilma também disse que o governo apoiará outros projetos de integração com o Uruguai. "Seguiremos adiante com os grandes projetos de integração física, basicamente integração logística e energética fundamentais para o desenvolvimento da região".

Entre os projetos está a construção de uma segunda ponte sobre o Rio Jaguarão, trabalhos de dragagem, sinalização e balizamento para a implantação de 1,2 mil quilômetros de hidrovia ligando os dois países. A hidrovia, de acordo com a presidenta, ligará a Lagoa Mirim à Lagoa dos Patos.

Para a integração no setor de energia elétrica, Dilma defendeu a criação de um novo marco jurídico para reger a relação entre os dois países. "Vamos criar também um marco jurídico adequado para o aumento do intercâmbio de energia elétrica. Esse marco tem uma característica de tentar uma relação estruturante, a longo prazo, entre o Brasil e o Uruguai no quadro de energia elétrica e ao mesmo tempo vamos resolver nosso problema de curto prazo, assegurando ao Uruguai a segurança de que o Brasil pode fornecer na área energética".

O Uruguai compra energia brasileira. Um dos projetos anunciados por Dilma é a construção de uma linha de transmissão de 500 quilovolts (kV) que vai interligar o Brasil com o Uruguai. Essa linha, que segundo Dilma ficará pronta no próximo ano, interligará Candiota, no Rio Grande do Sul, a San Carlos, cidade próxima a Montevidéu. O projeto será desenvolvido pela Eletrobras em conjunto com a UTE, uma empresa uruguaia.

A cooperação na área de tecnologia, de acordo com a presidenta, também foi uma prioridade da visita. "O presidente Mujica e eu decidimos também expandir os horizontes temáticos de nossa agenda bilateral, criamos um mecanismo novo para coordenar os esforços de cooperação no campo da ciência e da tecnologia. Vamos apoiar projetos de desenvolvimento conjunto nos campos da biotecnologia, da nanotecnologia, de tecnologia da informação".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Após quase dois anos de exílio, Zelaya voltará anistiado a Honduras no sábado

26/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-26/apos-quase-dois-anos-de-exilio-zelaya-voltara-anistiado-honduras-no-sabado


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Depois de quase dois anos de negociações envolvendo a comunidade internacional, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, retorna no próximo sábado (28) para seu país. O Brasil enviará o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, como representante na recepção a Zelaya, em Tegucigalpa.

“Vou lá, simplesmente, acompanhar essa missão de funcionários latino-americanos e, com isso, celebrar o acordo pelo qual nós estamos lutando há tanto tempo”, afirmou Garcia, na entrevista coletiva concedida pelos chanceleres Antonio Patriota, do Brasil, e Trinidad Jiménez, da Espanha, no Palácio do Itamaraty.

Com o regresso de Zelaya a Tegucigalpa, a Organização dos Estados Americanos (OEA) discutirá no próximo dia 1º, em assembleia extraordinária, em Washington, a reintegração de Honduras ao órgão. O país foi suspenso em outubro de 2009, depois do golpe de Estado que depôs o então presidente.

Para Garcia, os processos que envolvem o retorno de Zelaya e a reintegração de Honduras à OEA são associadas ao imediato reconhecimento do governo do presidente hondurenho, Porfirio Pepe Lobo. “Acho que em seguida [à chegada de Zelaya a Tegucigalpa], Honduras será reintegrada à OEA [referindo-se à assembleia em Washington]”, disse ele.

Em 28 de junho de 2009, o presidente Zelaya foi deposto por representantes das Forças Armadas, da Suprema Corte e do Parlamento. O ato foi considerado um golpe de Estado pela OEA, pelo Brasil e por outros países do continente. Meses depois, o presidente deposto pediu abrigo à Embaixada do Brasil em Honduras, onde permaneceu até a eleição de Pepe Logo.

Desde então, Zelaya vive exilado na República Dominicana. Como parte das negociações para o retorno de Zelaya, a Justiça de Honduras anulou, em maio, os processos de corrupção contra o ex-presidente. O acordo assinado ontem foi mediado pelos governos da Colômbia e da Venezuela.

A anistia a Zelaya e o retorno dele ao país, sem risco de punição, são as principais exigências dos integrantes da OEA para aceitar a reincorporação de Honduras à organização."

Para Patriota, Obama reconheceu a importância dos emergentes

26/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-26/para-patriota-obama-reconheceu-importancia-dos-emergentes


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A referência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao crescimento econômico de Brasil, China e Índia representa o reconhecimento de que os emergentes são atores representativos no cenário internacional. A avaliação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Para o chanceler, o discurso ontem (25) de Obama, ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem efeitos positivos.

Porém, Patriota evitou analisar os efeitos da declaração de Obama sobre a manutenção da hegemonia norte-americana e europeia nas discussões referentes às reformas de organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Não deixa de ser interessante que o presidente Obama e o primeiro-ministro David Cameron se sintam na obrigação de explicar que existem outros atores como China, Índia e Brasil no cenário internacional que desempenham um papel importante na busca de soluções para desafios globais”, disse Patriota em entrevista concedida ao lado da ministra dos Assuntos Exteriores e da Cooperação da Espanha, Trinidad Jiménez.

O chanceler disse que a menção de Obama, por duas vezes, ao Brasil, à China e à Índia indica um reconhecimento indireto. “Não deixa de ser um reconhecimento, ainda que indireto, da importância desses atores”, disse ele.

Ontem, em discurso no Parlamento inglês, Obama negou que o crescimento econômico dos emergentes represente uma ameaça à hegemonia dos Estados Unidos e dos países europeus. "Países como a China, o Brasil e a Índia estão crescendo rapidamente e criando oportunidades e mercados para as nossas nações”, disse o presidente dos Estados Unidos.

Em seguida, Obama falou da importância do crescimento econômico dos emergentes para o combate das desigualdades sociais. “[Brasil, Índia e China] também conseguiram tirar muitos da pobreza. Essas nações crescem porque se baseiam em princípios de mercado que os Estados Unidos e o Reino Unido sempre defenderam”, disse. “Há quem acredite que tal crescimento [dos emergentes] virá junto com a decadência inevitável da influência de nossos países no mundo. Há quem diga que essas nações são o futuro e nós o passado, mas isso está errado. Este argumento está errado. O tempo para a nossa liderança é agora", afirmou Obama."

Sucessão no FMI deve refletir crescimento dos emergentes, diz Patriota

26/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-26/sucessao-no-fmi-deve-refletir-crescimento-dos-emergentes-diz-patriota


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu hoje (26) que os países emergentes tenham espaço na disputa pelo comando do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois da renúncia do diretor-gerente, Dominique Strauss-Kahn. Segundo ele, a entidade deve compreender o novo contexto do cenário mundial e refletir ascensão dos países emergentes. A opinião do chanceler brasileiro foi uma reação à pressão da União Europeia para manter o comando do órgão com um representante dos próprios europeus.

“Estamos engajados na busca de consenso que prepare o FMI para desempenhar, de maneira mais equilibrada, mais sintonizada com os desafios contemporâneos, seu papel”, afirmou Patriota, em entrevista que contou com a presença da ministra dos Assuntos Exteriores e da Cooperação da Espanha, Trinidad Jiménez.

Anteontem (24), foi divulgado um comunicado assinado por Paulo Nogueira Batista (Brasil), Alexei Mojine (Rússia), Arvind Virmani (Índia), Jianxiong He (China) e Moeketsi Majoro (Lesoto, pequeno país encravado na África do Sul) que defende mais espaço para os países emergentes na disputa pelo comando do fundo. Para o Brics (acrônimo que representa os cinco países emergentes), é fundamental que o processo de sucessão seja transparente.

O assunto é tema também das reuniões que ocorrem hoje e amanhã (27), na França, com os países do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia). Paralelamente, os representantes dos países que compõem o Brics, reunidos na China, preparam um comunicado reiterando a defesa do aumento da participação dos emergentes no processo de sucessão do FMI."

terça-feira, 24 de maio de 2011

G8 se reúne para discutir crise nos países muçulmanos, sucessão no FMI e questão nuclear

24/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-24/g8-se-reune-para-discutir-crise-nos-paises-muculmanos-sucessao-no-fmi-e-questao-nuclear

"Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os representantes do G8 (que engloba os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, a Itália, o Canadá e a Rússia) se reúnem na quinta-feira (26) e na sexta-feira (27), na cidade francesa de Deauville, onde discutirão uma série de temas. Em pauta, a segurança nuclear, a crise no Oriente Médio e no Norte da África, e também a sucessão no comando do Fundo Monetário Internacional (FMI), após o afastamento do diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é uma das presenças esperadas para a reunião do G8, no interior da França. Ontem (23), Obama começou uma série de viagens pela Europa que reúne visitas à Irlanda, ao Reino Unido, à Polônia e à França.

O governo do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, propôs a inclusão nas discussões sobre as questões referentes à segurança nuclear em decorrência dos acidentes ocorridos no Japão. Depois do terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, houve uma série de vazamentos e explosões na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste japonês.

Em decorrência dos acidentes nucleares no Japão, várias cidades ao redor da usina foram esvaziadas. Houve contaminação da água, do ar e da terra. Foi proibido o consumo de animais e plantas da região. Os acidentes no Japão geraram uma preocupação mundial em torno da questão de segurança nuclear.

Também foi incluída na pauta do G8 a crise nos países muçulmanos, em particular na Líbia e Síria. O governo da Rússia diverge dos demais membros do bloco em relação aos ataques, coordenados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ao território líbio. Desde março, os ataques ocorrem na Líbia sob autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tendo como justificativa a proteção aos civis da região.

No dia 27, os chefes de Estado e de Governo do G8, que integram cargos nas Nações Unidas e organismos financeiros internacionais, reúnem-se com os primeiros-ministros do Egito e da Tunísia.

Os dois países africanos passaram por processos de turbulências devido às manifestações populares apelando por mudanças políticas. Em ambos os países, os presidentes renunciaram aos mandatos depois de décadas no poder.

No panorama econômico mundial, apesar dos sinais de recuperação, ainda há sinais de fragilidade. Ao mesmo tempo, ocorrem discussões sobre a sucessão ao cargo de diretor-gerente do FMI. Também estará em discussão a elevação do preço do barril de petróleo que causa preocupações.

Nos últimos dois meses, a Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu ainda que ocorre um crescimento constante dos preços nos países produtores. O alerta é um recado direto aos países do G8 que representam quase dois terços da riqueza mundial e mais de metade do comércio internacional.

*Com a agência pública de notícias de Portugal, Lusa"

Brasil e Argentina podem fechar acordo hoje e encerrar impasse comercial

24/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-24/brasil-e-argentina-podem-fechar-acordo-hoje-e-encerrar-impasse-comercial


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Depois de quatro horas de reunião ontem (23), em Buenos Aires, os secretários executivos dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior da Argentina, Eduardo Bianchi, e do Brasil, Alessandro Teixeira, sinalizaram que hoje (24) pode ser fechado um acordo para encerrar o impasse envolvendo os dois países. As divergências giram em torno da venda de automóveis e autopeças.

Há duas semanas surgiu a controvérsia, gerada depois da suspensão, por parte do Brasil, da concessão de licenças não automáticas para a venda de automóveis e autopeças procedentes da Argentina. A decisão foi uma reação à ação do governo argentino que definiu pela retenção de produtos brasileiros na fronteira.

Como sinal de distensão, na semana passada, os governos dos dois países permitiram a passagem de mercadorias como um gesto de reciprocidade, autorizando a passagem de carros argentinos que estavam retidos na fronteira. A iniciativa ocorreu depois que a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, disse que queria resolver o impasse com o ministro do Brasil, Fernando Pimentel.

Após a reunião ontem, Bianchi afirmou que os dois governos estão preocupados em trabalhar para encontrar “uma solução para cada ponto de tensão resultante da relação comercial". Apenas em 2010, o comércio entre a Argentina e o Brasil envolveu US$ 33 bilhões - com superávit de US$ 4 bilhões para o Brasil.

Ontem, técnicos do MDIC informaram que o governo do Brasil não está disposto a flexibilizar a regra de licenças não automáticas sem a contrapartida do governo argentino. Atualmente, produtos de 600 setores estão fora da licença automática na Argentina. Empresários de vários segmentos reclamam do embarreiramento feito pelo governo argentino aos produtos brasileiros. Além disso, alguns prazos ultrapassam o limite máximo de 60 dias previsto pela legislação.

Nas reuniões de hoje participam, do lado brasileiro, além de Teixeira, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, o subsecretário para a América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, Antonio Simões, e o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro. Os representantes argentinos são Bianchi, o diretor da Política Nacional de Comércio Exterior, Makuc Adrian, e o diretor de Assuntos Institucionais do Mercosul, Paulo Grinspun."

Brasil quer mais tempo para escolha de novo diretor do FMI

23/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-23/brasil-quer-mais-tempo-para-escolha-de-novo-diretor-do-fmi

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O Brasil quer um tempo maior no processo de escolha do novo dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn renunciou na semana passada, após ser acusado de agressão sexual a uma camareira de um hotel nos Estados Unidos. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais importante do que escolher um nome para dirigir o FMI é conhecer propostas e compromissos dos candidatos.

“O Brasil vai examinar todas as candidaturas, que serão apresentadas até o dia 10 de junho. É o prazo que foi estabelecido. Aí, começa um período de avaliação de candidatos e de propostas”, disse Mantega. O prazo todo deverá ser encerrado no dia 30 de junho, com o anúncio do sucessor de Strauss-Kahn, que está em prisão domiciliar.

Segundo o ministro, o Brasil estuda a possibilidade de sugerir uma nomeação provisória para cumprir o restante do mandato de Strauss-Kahn, que terminaria em 2012. “Desta maneira, para a sucessão propriamente dita, teríamos um tempo maior para amadurecer e conhecer melhor os candidatos”, afirmou Mantega.

Para ele, os candidatos necessitam visitar os países que têm importância no FMI, incluindo os emergentes, como o Brasil. Os países emergentes ganharam peso no Fundo Monetário Internacional pela forma com que enfrentaram a crise econômica mundial.

“Foi assim na época em que Dominique estava em campanha. Ele veio ao Brasil, apresentou suas propostas e assumiu compromissos. Gostaríamos de um tempo maior. Se fizermos [a escolha] em um período mais curto, que seja um candidato para preencher o período do Dominique”, disse."

América Latina prepara posição comum sobre commodities para discussões no G20

23/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-23/america-latina-prepara-posicao-comum-sobre-commodities-para-discussoes-no-g20


Agência Telam

"Brasília - Os governos dos países da América Latina preparam uma posição comum sobre a volatilidade dos preços das commodities, nas discussões do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo), em novembro, em Cannes, na França. A decisão foi definida pelos ministros da Agricultura dos países da região, em Buenos Aires, na Argentina. A partir do dia 21, o tema será novamente discutido em outra rodada de reuniões dos latino-americanos.

O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, afirmou que a ideia é definir posições sobre os preços dos produtos de bens primários e descartar a proposta de regulação dos mercados financeiros em commodities. "Queremos evitar a elevada volatilidade dos preços e da especulação financeira nos produtos agrícolas", afirmou ele.

De acordo com Boudou, os latino-americanos se preocupam com a alta dos preços dos alimentos, que atingem elevados níveis mundiais. Segundo ele, também há preocupação sobre os preços dos alimentos, energia e as commodities metálicas, como o petróleo e o ouro.

Em Cannes, na França, os ministros devem discutir sobre o investimento na agricultura para aumentar a oferta e alcançar a transparência nos mercados agrícolas fornecer mais informações para que haja menos especulação, o projeto mecanismos de ação para superar uma crise de alimentos, dando um tratamento para a volatilidade dos preços e a regulação do setor por meio das instituições financeiras.

Para as Nações Unidas, em dez anos, a população mundial chegará a 9,2 bilhões de habitantes, e a produção mundial de alimentos não acompanhará o mesmo ritmo. No último fim de semana, o assunto foi tema de reunião, em Buenos Aires, e reuniu representantes de vários setores mundiais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), do Banco Mundial, do Ministério das Finanças da França, entre outros.

Também estiveram presentes nas reuniões, o representante da Caixa Econômica Federal, Luiz Antonio Barreto Pereira da Silva, e o diretor da Comissão da Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Europeia, José Manuel Silva Rodriguez."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

STF extradita major argentino que responderá sobre massacre na década de 1970

19/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-19/stf-extradita-major-argentino-que-respondera-sobre-massacre-na-decada-de-1970


Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O major Norberto Raul Tozzo será extraditado para a Argentina para responder pela provável participação no Massacre de Margarita Belén, que resultou na morte de 22 presos políticos em 1976. O fuzilamento foi uma operação do Exército argentino e da polícia da província do Chaco. A maioria do grupo era formada por jovens peronistas, que se opunham ao regime militar em vigor.

O massacre ganhou esse nome porque ocorreu próximo a Margarita Belén, localidade situada na província do Chaco, no Norte da Argentina.

A extradição foi concedida com algumas condições. O major não poderá ficar preso por mais de 30 anos – pena máxima da Justiça brasileira – e deverá ser descontado o tempo que ele está preso no Brasil (desde 2008). Ele também só poderá responder pelo crime de sequestro qualificado, uma vez que quatro das 22 vítimas ainda não foram encontradas. Para o STF, o crime de homicídio já prescreveu.

A defesa do major alegou que os integrantes do regime militar argentino foram anistiados pelo ex-presidente Carlos Menem. Entretanto, a relatora Cármen Lúcia lembrou que o decreto foi julgado inconstitucional e que há poucos dias o Tribunal de Resistência, capital da província do Chaco, condenou oito ex-militares à prisão perpétua devido ao episódio.

O ministro Marco Aurélio Mello votou contra a extradição, alegando que o crime teve motivação política. Ele lembrou que o STF não poderia autorizar a extradição por esse motivo, porque no país a Lei da Anistia impede responsabilizações por crimes políticos.

Países muçulmanos contarão com ajuda financeira do FMI e do Banco Mundial, diz Obama

19/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-19/paises-muculmanos-contarao-com-ajuda-financeira-do-fmi-e-do-banco-mundial-diz-obama


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Com elogios à coragem dos manifestantes no Oriente Médio e Norte da África, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje (19) que o governo norte-americano ajudará financeiramente os países muçulmanos que passam por mudanças. Obama disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial serão acionados para colaborar com estes governos, sem mencionar, no entanto, valores ou números. Ele também afirmou que serão feitas parcerias para a exploração de petróleo na região.

Em discurso no Departamento de Estado norte-americano, em Washington, o presidente justificou os ataques aéreos na Líbia, promovidos pela Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan) com o apoio dos Estados Unidos. Ele disse que os ataques foram uma reação às iniciativas do presidente líbio, Muammar Khadafi, que ameaça os civis do país.

“O exemplo mais extremo é o da Líbia onde Khadafi lançou uma guerra contra seu próprio país”, disse Obama. “Na Líbia, percebíamos um massacre iminente e o povo líbio pedia nossa ajuda. Se não fosse a nossa ajuda, milhares seriam mortos. Quando Khadafi sair do poder, a transição para a Líbia democrática ocorrerá.”

Obama afirmou que, nos próximos dias, o governo vai retirar do Afeganistão os militares americanos, que estão no país desde outubro de 2001, quando os Estados Unidos resolveram promover uma campanha internacional contra o terrorismo em busca de suspeitos de terem colaborado com os atentados de 11 de Setembro – quando aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e o Pentágono, em Washington.

Ele ressaltou que a consolidação da democracia depende de um processo político-eleitoral legítimo, de instituições com credibilidade e de uma economia que se sustente. Para Obama, o povo norte-americano deve apoiar os protestos nos países muçulmanos porque os Estados Unidos nasceram do resultado de uma reação ao poder do governo colonial do Reino Unido.

“Para o povo americano, essas manifestações são familiares. A nossa nação foi fundada a partir de uma rebelião contra o Império [Britânico]. Todos os homens são criados para serem iguais. Essas palavras têm de guiar nossa direção. Não será fácil, não há linha reta para a mudança. Temos de ficar do lado daqueles que lutam para construir sua nação”, disse o presidente americano.

No discurso, Obama citou a crise que começou na Tunísia, chamada por ele de “vanguarda”, que se estendeu ao Egito e, depois, para a Síria, Líbia, o Bahrein, Iêmen, Irã e Iraque. Segundo ele, as situações mais graves estão nos governos dos presidentes da Síria, Bashar Al Assad, e da Líbio, Muammar Khadafi.

Contrariando as suspeitas levantadas por líderes muçulmanos, Obama afirmou que as manifestações no Oriente Médio e Norte da África foram espontâneas e não contaram com o estímulo dos Estados Unidos. “Temos de ter um senso de humildade. Não foi a América [os Estados Unidos] que colocou as pessoas nas ruas, em Túnis e no Cairo. Cada país deve determinar sua democracia”.

Obama defende delimitação de território palestino com base nas fronteiras de 1967

19/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-19/obama-defende-delimitacao-de-territorio-palestino-com-base-nas-fronteiras-de-1967


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente norte-americano, Barack Obama, defendeu hoje (19) que israelenses e palestinos busquem um acordo para a criação de dois Estados independentes e autônomos, seguindo as linhas fronteiriças de 1967. Ao discursar no Departamento de Estado norte-americano, em Washington, o presidente disse que as áreas ocupadas pelos israelenses em Jerusalém, na Cisjordânia e Faixa de Gaza devem integrar o futuro território palestino.

“Uma paz duradoura vai conter dois territórios, cada um tendo sua autodeterminação. Todas as questões deste conflito devem ser negociadas. [Deve haver] Dois Estados independentes. Acreditamos que as fronteiras têm de ser baseadas nas linhas de 1967 e é preciso ter segurança para os dois Estados”, afirmou Obama.

Obama apelou para que os líderes políticos palestinos e israelenses busquem o respeito mútuo. Intercalando o discurso político com exemplos de sofrimento dos dois lados, como as mortes de vítimas civis, o presidente norte-americano afirmou que Israel deve reconhecer o direito de o povo palestino se “autogovernar”, enquanto os palestinos devem dar legitimidade ao governo israelense para negociar.

Porém, Obama evitou mencionar um dos temas mais tensos das negociações: as construções de assentamentos israelenses em áreas historicamente ocupadas por palestinos, no setor oriental de Jerusalém. O assunto já causou diversos conflitos, que resultaram em mortes.

Dentro de quatro meses, haverá sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, quando os palestinos pretendem cobrar da comunidade internacional o apoio para a intensificação das negociações por um acordo para a criação de um Estado palestino independente.

O presidente norte-americano optou por recomendar que ambos os lados tomem decisões olhando para o futuro e, não, o passado. “As escolhas são entre ódio e esperança, entre os escombros do passado e o futuro. Temos muitos desafios pela frente. Mas muitas razões para ter esperança”, afirmou Obama."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brasil vai pleitear US$ 34 milhões de fundo internacional para eliminar gás de efeito estufa

16/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-16/brasil-vai-pleitear-us-34-milhoes-de-fundo-internacional-para-eliminar-gas-de-efeito-estufa


Da Agência Brasil

"Brasília - Após realizar a tarefa de zerar a produção e importação dos clorofluorcarbonos (CFCs), principais substâncias responsáveis pela redução da camada de ozônio, o Brasil quer implantar o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs. O hidroclorofluorcarbono surgiu para substituir o CFC e tem poder destrutivo 50% menor, mas, ainda assim, produz gases de efeito estufa.

Para a implementação do programa, o Brasil por meio do Ministério do Meio Ambiente, vai pleitear em julho, o valor de US$ 34 milhões ao Comitê Executivo do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, na cidade canadense que dá origem ao tratado internacional, em vigor desde 1º de janeiro de 1989.

“O objetivo é cumprir o cronograma de eliminação dos HCFCs, que tem como primeira fase o congelamento dos níveis de produção e importação em 2013, e depois a sua redução em 10% até 2015 e o banimento total em 2040”, explica a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio, no ministério, Magna Luduvice.

O Brasil quer o repasse de US$ 20 milhões pelo Fundo Multilateral, não reembolsáveis, com a contrapartida de US$ 14 milhões da iniciativa privada brasileira. O montante será destinado ao pagamento de gastos com ações regulatórias, projetos de substituição de tecnologias na fabricação de espumas e também em projetos para o setor de serviços, especialmente os que se referem ao vazamento de tubulações em balcões de refrigeração de supermercados e em aparelhos de ar- condicionado.

Um fato importante que contribuiu para a redução primeiramente dos CFCs, lembrado por Magna Luduvice, foi a ação feita anos atrás que tinha para a trocar de geladeiras que tinham mais de dez anos de uso. “As geladeiras com mais de dez aos de uso contêm os CFCs no sistema de refrigeração, e se eles foram banidos pelos danos causados à camada de ozônio, depois a preocupação foi também em relação à emissão gases de efeito estufa liberados por vazamentos na tubulação destes aparelhos”, ressaltou a coordenadora.

A formulação do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs começou em março de 2009 e foi concluído em janeiro deste ano, depois de consultas públicas e com a participação do setor privado. Atualmente, o ministério detém alguns projetos em execução que incluem, diagnóstico da situação de aparelhos de refrigeração presentes em restaurantes, padarias, mercearias e supermercados e a capacitação de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Zona do Euro vai aprovar ajuda financeira a Portugal

15/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-15/zona-do-euro-vai-aprovar-ajuda-financeira-portugal

Da Agência Lusa

"Brasília - Os ministros das Finanças da Zona do Euro (Eurogrupo) e da União Europeia (UE) deverão aprovar, sem dificuldade, nesta segunda-feira (16), em Bruxelas, o programa de assistência financeira a Portugal, depois de ter sido afastada a ameaça de a Finlândia se opor à decisão.

Várias fontes diplomáticas manifestaram, sexta-feira (13), a convicção de que os responsáveis da Zona do Euro e da UE não teriam dificuldade em chegar a acordo que vai permitir Portugal receber empréstimos de 78 bilhões de euros.

O comissário europeu dos Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, também manifestou, no mesmo dia, a sua “confiança” em como a decisão será tomada. As dúvidas que pairavam sobre a aprovação do programa foram levantadas sexta-feira, depois de o parlamento da Finlândia ter aprovado o resgate a Portugal.

Os ministros das Finanças da Zona do Euro (17 países), em reunião extraordinária segunda-feira (16), estendida aos representantes da UE (Eurogrupo mais dez países), deverão chegar a um acordo político sobre a assistência a Portugal.

A assistência será dividida em partes iguais de 26 bilhões de euros pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (Feef), Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (Meef) e Fundo Monetário Internacional (FMI), o que dá um total de 78 bilhões.

Para receber a assistência financeira, Portugal compromete-se a realizar um programa de três anos, de junho de 2011 até meados de 2014, que inclui reformas estruturais para assegurar um aumento do potencial de crescimento da economia, a criação de empregos e a melhoria da competitividade.

O programa inclui ainda uma estratégia de consolidação dos desequilíbrios das finanças públicas, que inclui a redução do déficit orçamentário para 3% do PIB português até 2013, e um regime de apoio ao sistema bancário até 12 bilhões de euros.

De acordo com Olli Rehn, a parte europeia do empréstimo deverá ser reembolsada a uma taxa de juros acima de 5,5%.

Na reunião desta segunda-feira, dedicada a Portugal, haverá uma avaliação das “sugestões” da Finlândia sobre o resgate, classificadas por Bruxelas como “construtivas”, que inclui a possibilidade de investidores privados participarem do programa de ajuda financeira. Na reunião do Eurogrupo será também discutida a possibilidade de uma ajuda adicional à Grécia para complementar o resgate de 110 bilhões de euros, concedido em 2010.

No encontro, estava inicialmente prevista a presença do diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que foi preso em Nova York, no domingo (15) de madrugada, quando se preparava para viajar para Paris, acusado de agressão sexual.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mudança no Tratado de Itaipu foi um péssimo negócio para o país, avalia instituto

12/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-12/mudanca-no-tratado-de-itaipu-foi-um-pessimo-negocio-para-pais-avalia-instituto


Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - A mudança no Tratado de Itaipu, aprovada ontem (11) pelo Senado, foi um péssimo negócio para o país, avalia o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales. Para ele, não há razão que justifique o aumento do valor da energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que é pago pelo Brasil ao Paraguai.

A revisão do Tratado de Itaipu determina que a taxa anual de cessão paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia não usada da Usina de Itaipu vai passar de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.

Como os recursos sairão do Orçamento da União, quem vai pagar a conta é o povo brasileiro, afirmou Sales. “De onde o governo vai tirar esses recursos? Somos um país que já tem uma carga tributária tão alta e muitas carências. De que hospital se poderia tirar esse dinheiro? De que escola? Dos recursos para os aposentados? É muito dinheiro para tirar do bolso dos brasileiros”.

O presidente do Instituto Brasil também criticou a forma como a proposta foi aprovada no Senado. “Foi uma decisão tomada pelo governo brasileiro, imposta à base no Congresso e aprovada sem discussão”. Segundo Sales, o assunto levou dois anos sendo discutido na Câmara dos Deputados e foi aprovado no Senado em três semanas.

A votação das alterações no Tratado de Itaipu dividiu os senadores. Enquanto o governo defendeu a correção dos valores, a oposição destacou que o Paraguai não investiu na obra na época da construção. A relatora da matéria no Senado, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que a correção nos valores é justa, porque o Tratado de Itaipu obriga o Paraguai a vender o excedente de energia diretamente ao governo brasileiro, sem chance de negociar no mercado um preço mais alto. Segundo ela, o último reajuste nas tarifas de energia foi em 2005.

Para a presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), as mudanças só vão trazer benefícios ao povo paraguaio. “A população brasileira certamente vai pagar mais esse gesto de generosidade feito pelo governo e agora homologado com chapéu alheio”. Ela lembrou que o Brasil tem regiões necessitadas de investimentos e que precisariam desses recursos.

O Tratado de Itaipu, firmado em 1973, estabelece que cada um dos dois países tem direito a usar 50% da energia gerada pela usina. Como utiliza apenas 5% do que teria direito, o Paraguai vende o restante ao Brasil. A usina tem 14 mil megawatts de potência instalada e atende a 19% da energia consumida no Brasil e a 91% do consumo paraguaio.

A polêmica sobre a revisão do Tratado de Itaipu começou em 2008, quando o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, defendeu o aumento dos valores pagos pelo Brasil durante sua campanha à reeleição. Na época, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmaram que a revisão do acordo não era necessária, pois os valores pagos pelo Brasil ao Paraguai pela energia de Itaipu eram justos."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Chanceleres do Brasil e da Venezuela se reúnem no Itamaraty

10/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-10/chanceleres-do-brasil-e-da-venezuela-se-reunem-no-itamaraty


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - O cancelamento da visita hoje (10) a Brasília do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não impediu a reunião do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. Patriota e Maduro estão reunidos no Itamaraty onde conversam sobre temas de interesse comum.

Com inflamação no joelho esquerdo e dores, Chávez foi orientado a ficar em repouso para se tratar. A ideia era ele negociar com a presidenta Dilma Rousseff a ampliação de parcerias em vários setores – energia elétrica, agricultura, ciência e tecnologia –, além do comércio bilateral.

Apenas no ano passado, a relação comercial entre Brasil e Venezuela envolveu US$ 4,6 bilhões. Em geral, o Brasil exporta para a Venezuela alimentos, frango desossado e carne bovina, enquanto os venezuelanos vendem para os brasileiros petróleo e seus derivados.

Há a expectativa que Patriota e Maduro concedam uma declaração conjunta após a reunião no Itamaraty. Antes de adiar a visita ao Brasil, Chávez pretendia seguir viagem para o Equador e Cuba."

Dilma e Chávez querem reforma do Conselho de Segurança da ONU com vaga permanente para a América Latina

09/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-09/dilma-e-chavez-querem-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu-com-vaga-permanente-para-america-latina

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A presidenta da República, Dilma Rousseff, deve aproveitar amanhã (10) a presença do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para tratar da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Como o Brasil, a Venezuela é favorável à mudança na estrutura do órgão, que reflete a ordem internacional do pós a 2ª Guerra Mundial. Ambos querem que um país latino-americano ocupe um assento permanente no conselho.

“Não é uma demanda mesquinha nem de [busca por] prestígio”, afirmou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, lembrando que as motivações para mudar a estrutura atual do conselho são “justiça” e “eficácia”.

Segundo Garcia, atualmente há outra “correlação de forças no mundo” diferente da que havia no período de 1944 e 1946 – quando foram criados os organismos internacionais. O assessor destacou que no cenário internacional pelo menos 80 países são favoráveis à reforma do conselho.

De acordo com Garcia, é “inadmissível” que a América Latina e a África não tenham um assento permanente no conselho que é composto por 15 membros. Pela atual estrutura ocupam vagas permanentes os Estados Unidos, a Rússia, China, França e o Reino Unido.

Dez são rotativas e estão ocupadas por Brasil, Japão, México, Líbano, Gabão, Nigéria, Turquia, Bósnia-Herzegovina, Áustria e Uganda. O período do mandato nos assentos rotativos é de dois anos. As autoridades brasileiras defendem ampliar o número de cadeiras no conselho de 15 para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular.

O assunto motivou conversas recentes da presidenta Dilma Rousseff com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da China, Hu Jintao, e da Alemanha, Christian Wulff. Em cerimônia no Itamaraty, a presidenta reclamou que estrutura do conselho era ultrapassada."

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Morte de Bin Laden não resolve questão do terrorismo, alerta Marco Aurélio Garcia

05/05/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-05/morte-de-bin-laden-nao-resolve-questao-do-terrorismo-alerta-marco-aurelio-garcia

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, advertiu hoje (5) que a morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, não encerra o impasse envolvendo o terrorismo. Segundo ele, a comunidade mundial deve buscar soluções para o terrorismo aproveitando que há manifestações em vários países do Oriente Médio e do Norte da África.

“Os critérios de cada país são decididos pelo seu governo. Isso [represálias] é o que mais ou menos todo mundo acredita que vai haver. Se acham que o problema do terrorismo está resolvido com a morte do Bin Laden, estão muito enganados”, afirmou o assessor antes do almoço oferecido ao presidente da Alemanha, Christian Wulff, no Itamaraty.

Para Garcia, apenas a “repressão” não soluciona a questão do terrorismo e seus efeitos. “O problema do terrorismo evidentemente não se resolve [apenas] com repressão, mas, sobretudo, atacando as causas fundamentais do terrorismo”, destacou ele.

Em seguida, o assessor especial ressaltou que o momento por que passam vários países do Oriente Médio e do Norte da África (como a Líbia, o Egito, a Tunísia e a Síria, entre outros) – com manifestações populares que criticam os governos apontados como autoritários – colabora para o combate ao terrorismo.

“Por sorte o [ministro das Relações Exteriores] Antonio Patriota levantou uma questão interessante: nós temos uma efervescência democrática na região muito grande, que coloca uma via distinta daquela que habitualmente nós tínhamos”, disse o assessor especial.

“[A via anterior era] de um lado a submissão às grandes potências do Ocidente, que muitos governos tinham e alguns ainda têm, e, do outro lado, essa rejeição ao fundamentalismo que se expressava, entre outras coisas, nas iniciativas terroristas. Acho que nós [temos] um caminho democrático, se nós resolvermos uma série de problemas da região, que é a questão da Palestina [cujos líderes iniciaram uma nova etapa de negociações com o governo de Israel]”."

Dilma pede reforma do Conselho de Segurança da ONU

05/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-05/dilma-pede-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu


Yara Aquino e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

"Brasília – A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse hoje (5) que os conflitos nos países muçulmanos reforçam a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais uma vez, Dilma afirmou que a estrutura do organismo não atende as atuais necessidades da comunidade internacional. O apelo da presidenta ocorreu durante o almoço oferecido ao presidente da Alemanha, Christian Wulff. Brasil e Alemanha são candidatos a membros permanentes do conselho.

“Só com a presença no conselho de países que espelhem a nova relação de forças políticas no mundo será possível ter um conselho mais efetivo, mais eficaz, e que de fato, represente os interesses da humanidade. Aliás, os conflitos recentes na África do Norte e no Oriente Médio mostram que não há por que optar entre o conformismo de um lado, violência intervencionista de outro. A realidade é muito mais rica e complexa”, disse Dilma.

A presidenta disse crer que há base suficiente para uma iniciativa sobre a reforma do conselho que contemple a expansão dos assentos permanentes e não permanentes.

Fazem parte do conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e o Reino Unido. São integrantes provisórios o Brasil, Japão, México, Líbano, Gabão, a Turquia, a Bósnia-Herzegovina, Nigéria, Áustria, e Uganda – por um período de dois anos.

Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25. O assunto é tema de discussão da comunidade internacional há anos e foi tema recente de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao."

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para Patriota, Bin Laden estigmatizava o mundo árabe

02/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-02/para-patriota-bin-laden-estigmatizava-mundo-arabe

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (2) que a figura de Osama Bin Laden – morto na noite de ontem (1º) em uma operação no interior do Paquistão, segundo informou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – “contribuía direta e indiretamente para que se estigmatizasse o mundo islâmico, onde as alternativas seriam a autocracia e o fundamentalismo”. “E nós sabemos que não é esse o caso”, destacou o ministro.

Para Patriota, a preocupação agora é que a morte de Bin Laden desencadeie outros atentados. O chanceler afirmou ainda que o governo brasileiro “condena o terrorismo em todas as suas formas de manifestação”.

“À medida que a Al Qaeda e Osama Bin Laden estiveram e ainda estão por trás de estratégias políticas que privilegiam atos terroristas, nós só podemos nos solidarizar com as vítimas e com aqueles que buscam a justiça”, disse o ministro."

Ex-presidentes dos EUA comemoram morte de Bin Laden

02/05/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-02/ex-presidentes-dos-eua-comemoram-morte-de-bin-laden

"Da Agência Lusa

Brasília – Em curta nota oficial, o ex-presidente norte-americano George W. Bush afirmou hoje (2) que a morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, é uma vitória, mas lembrou que a luta contra o terrorismo não deve acabar. Os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorreram durante o governo Bush, que iniciou um combate internacional contra o terrorismo.

“É uma vitória para os Estados Unidos”, afirmou Bush. “Esta noite, o presidente Obama me chamou para me informar que as forças americanas mataram Osama Bin Laden”, disse ele.“[Quero agradecer aos] homens e mulheres das forças militares e das agências de informações que dedicaram suas vidas a esta missão. “Eles merecem a nossa gratidão eterna.”

Bush acrescentou que “este objetivo marca uma vitória dos Estados Unidos para as pessoas que pretendem a paz no mundo e para todos aqueles que perderam familiares e amigos nos ataques de 2001”.

Antecessor de Bush na Presidência dos Estados Unidos, o ex-presidente Bill Clinton destacou que a morte de Bin Laden representa para o mundo um futuro comum de paz e de liberdade. “Este é um momento profundamente importante não só para as famílias que perderam as suas vidas no 11 de setembro e em outros ataques da Al Qaeda, mas para todos no mundo que querem construir um futuro comum de paz, liberdade e cooperação para os nossos filhos”, afirmou Clinton.

Clinton divulgou comunicado parabenizando Obama e sua equipe de governo."

domingo, 1 de maio de 2011

México aprova nova Lei de Migração para proteger imigrantes que usam o país para chegar aos Estados Unidos

30/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-30/mexico-aprova-nova-lei-de-migracao-para-proteger-imigrantes-que-usam-pais-para-chegar-aos-estados-uni


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A Câmara dos Deputados do México aprovou, por unanimidade, a proposta de elaborar uma nova Lei de Migração. A ideia é conter a violência contra os imigrantes e dar garantias de respeito aos direitos humanos dos irregulares, aqueles de outras nacionalidades que tentam ir para os Estados Unidos via México, sem pedir a devida autorização. Uma das medidas é criar uma polícia de fronteira que atuará sob orientação da Procuradoria-Geral da República.

As informações são da Câmara dos Deputados do México e da rede multiestatal de televisão, Telesur, cuja sede fica em Caracas, na Venezuela. Pelos dados da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do México, 16 dos 32 estados do país oferecem ameaças aos que tentam utilizar a área para chegar aos Estados Unidos.

O novo texto da Lei de Migração inclui ainda respeito irrestrito aos direitos humanos dos imigrantes, independentemente da sua origem, nacionalidade, gênero, etnia, idade e status de imigração – se é legal ou não. A iniciativa ocorre no momento em que a comunidade internacional alerta o governo do presidente do México, Felipe Calderón, sobre o elevado número de mortos envolvendo imigrantes.

A região da fronteira do México com os Estados Unidos é considerada uma das mais violentas das Américas. A área é alvo de disputa de dois grandes cartéis de narcotráfico e tráfico de pessoas – Los Zetas e El Golfo.

O Instituto Nacional de Imigração do México informou que, por ano, cerca de 150 mil pessoas, principalmente da América Central, tentam utilizar a região de fronteira para chegar aos Estados Unidos. As informações são de que 77,2% dos casos estão concentrados nas regiões de Veracruz, Tabasco e Tamaulipas.

Em agosto do ano passado, no município de San Fernando, um grupo de 72 imigrantes – inclusive quatro do Brasil – foram mortos em uma chacina atribuída ao cartel Los Zetas. Neste mês, 103 imigrantes foram sequestrados e libertados pelas autoridades mexicanas.

Também em abril foram localizados 183 corpos encontrados em 40 valas. A suspeita é que as vítimas eram mexicanos que tentavam deixar o país rumo aos Estados Unidos. As apurações continuam, assim como as escavações nas áreas de fronteira."

Fidel Castro recebe prêmio do Conselho Mundial da Paz

30/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-30/fidel-castro-recebe-premio-do-conselho-mundial-da-paz


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O ex-presidente de Cuba Fidel Castro, que comandou o país de 1976 a 2008, recebeu hoje (30) o Prêmio Olivo da Paz, concedido pelo Conselho Mundial da Paz. O conselho concede prêmios a personalidades que contribuem para o desarmamento e a coexistência pacífica entre as nações. De uma organização brasileira, Fidel, de 84 anos, ganhou um quadro que reproduz imagens de trabalhadores e suas reivindicações no mundo.

A organização não governamental Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz prestou uma homenagem a Fidel. A entidade presenteou o ex-presidente com um retrato da pintora baiana Ediria Carneiro, que foi casada com o líder comunista brasileiro João Amazonas. O quadro retrata a luta e as reivindicações históricas dos trabalhadores no mundo.

As informações são da estatal Rádio Havana Internacional. Afastado do comando do Partido Comunista de Cuba (PCC) desde o último dia 19, Fidel se mantém atento às mudanças estruturais em curso no país. O ex-presidente afirmou ser favorável à decisão de abrir o mercado econômico cubano, assim como reduzir os mandatos públicos.

Cuba passa por um dos momentos mais críticos de sua economia. Sob embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há 49 anos, os cubanos sofrem com as limitações para exportar e importar vários produtos, inclusive, gêneros de primeira necessidade."

Itaipu vai sediar curso de pós-graduação sobre integração energética na América Latina

30/04/2011

Fonte: Agência Braisl
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-30/itaipu-vai-sediar-curso-de-pos-graduacao-sobre-integracao-energetica-na-america-latina


Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

"Rio de Janeiro – Em parceria com a Usina Hidrelétrica de Itaipu, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ) vai implantar um curso de pós-graduação sobre a integração energética na América Latina.

“Não há melhor lugar no Brasil para realizar esse curso do que em Itaipu, que é um exemplo concreto e objetivo de sucesso de integração energética”, disse o coordenador do Gesel, professor Nivalde de Castro.

Em Foz do Iguaçu, onde fica a usina, iniciou suas atividades acadêmicas, no segundo semestre de 2010, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que participará da iniciativa cedendo espaço físico e sua estrutura acadêmica. A Unila tem um corpo docente integrado por professores brasileiros e de outros países da América Latina.

“A ideia é desenvolver um curso de especialização, pós-graduação e trazer alunos de vários países da América Latina para ficar aqui em tempo integral, de aproximadamente quatro meses”, explicou Castro.

O início do curso está previsto para março de 2012. O Gesel deverá ter um laboratório de pesquisas na Unila, para aulas complementares. Os alunos farão estágio em Itaipu. O curso será destinado a alunos já graduados nas áreas de engenharia, economia e administração, oriundos dos países envolvidos com a integração energética: Brasil, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Bolívia e Peru e os da América Central.

Na última sexta-feira (29), representantes do Gesel, da Eletrobras e da Unila se reuniram para discutir os detalhes para a implantação do curso."