quinta-feira, 28 de abril de 2011

Deputado europeu diz que Brasil hoje é país da moda

28/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-28/deputado-europeu-diz-que-brasil-hoje-e-pais-da-moda

Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

"Brasília - Os avanços econômicos e sociais conquistados pelo Brasil nos últimos anos chamam a atenção do mundo. A avaliação é do deputado espanhol Luis Yáñez, que preside a delegação do Parlamento Europeu para as relações com os países do Mercosul. Bem-humorado, Yánez definiu as relações do mundo com o Brasil em uma única frase: “O Brasil é hoje o país da moda. Todo mundo quer se parecer com ele”.

Desde o começo desta semana Yánez e um grupo de parlamentares europeus estão em Brasília para negociar o tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O deputado elogiou as primeiras ações da presidenta Dilma Rousseff relativas à política externa – dado prioridade à América do Sul, em defesa dos direitos humanos e na busca por investimentos no país.

“O Brasil faz um trabalho inestimável na luta contra a impunidade, contra a tortura, que ela [Dilma Rousseff] já sofreu na ditadura e contra os pontos que ferem os direitos humanos. Isso produz um efeito exterior, sobretudo na América Latina”, afirmou Yánez, acrescentando que o país tem um papel muito importante no desenvolvimento e na busca da paz e do diálogo no mundo.

Para Yáñez, o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, destacam ainda mais a importância que o país passou a ter no cenário internacional. “Não é uma casualidade nem uma onda passageira, mas fruto de mais de 20 anos de esforço e de uma conjunção de fatores”, disse.

O parlamentar europeu alertou, porém, sobre o risco de acomodação e do excesso de confiança às vésperas dos dois eventos esportivos, reações que podem atrapalhar. “O país deu um passo de gigante nos últimos anos, mas não deve confiar [por considerar-se capaz demais]. No dia em que os brasileiros acreditarem que está tudo feito, será o começo de uma nova decadência”, afirmou.

Yánes acrescentou que “apesar de milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema, ainda há pobreza. Apesar de ter combatido a violência e a insegurança, ainda há violência e insegurança. Não está tudo feito.”

O espanhol disse que a Copa e as Olimpíadas devem ser encaradas como um desafio não apenas desportivo, mas para impulsionar a economia e modernizar setores que ainda são gargalos. “É um desafio que deve ser assumido pela sociedade para que se vá mais além”.

Para Yánez, o mundo não vê mais o Brasil apenas como um potencial futuro, mas como realidade presente. “Não se fala mais no Brasil como um país atrasado. Ele tem problemas, mas é muito mais dinâmico”.

Segundo o parlamentar europeu, existe no Brasil um “projeto de país”, construído progressivamente. “Quando se conversa com diretores de meios de comunicação, empresários, sindicalistas, políticos de oposição ou de governo, todos te explicam que país estão construindo e o que te dizem se parece muito”."

Hamas e Fatah chegam a acordo preliminar de reconciliação

27/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-27/hamas-e-fatah-chegam-acordo-preliminar-de-reconciliacao


"Da BBC Brasil

Brasília - As duas principais facções palestinas, o Fatah e o Hamas, concordaram em linhas gerais com um plano preliminar de reconciliação, disseram nesta quarta-feira (27) representantes dos dois grupos reunidos na capital do Egito, Cairo.

Segundo o acordo, será formado um governo interino e fixada uma data para eleições palestinas. "Hamas e Fatah concordam em princípio com um acordo de reconciliação", disse à BBC Tahir Al-Nounou, porta-voz do Hamas.

Nounou disse que as principais divergências dos dois grupos foram superadas e os líderes do Hamas, Khalid Meshaal, e do Fatah, Mahmoud Abbas, devem assinar o acordo em outra reunião no Cairo em uma semana."

terça-feira, 26 de abril de 2011

ONU denuncia violação de direitos humanos na remoção de famílias para obras da Copa do Mundo de 2014

26/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-26/onu-denuncia-violacao-de-direitos-humanos-na-remocao-de-familias-para-obras-da-copa-do-mundo-de-2014


Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil


"Rio de Janeiro – Boletim divulgado hoje (26) em Genebra, na Suíça, pela relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Moradia Adequada, a urbanista brasileira Raquel Rolnik, alerta o governo brasileiro sobre casos de violações dos direitos humanos na remoção de comunidades em função das obras para a Copa de 2014 e, no caso do Rio de Janeiro, também para as Olimpíadas de 2016.

Falta de transparência nas ações do Poder Público, ausência de diálogo e negociação prévia de projetos de remoções, bem como das alternativas existentes, além de especulação imobiliária em função da valorização da terra são algumas denúncias recebidas pela Relatoria Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o Direito à Moradia Adequada e que formaram a base do boletim.

As denúncias referem-se a cidades como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Natal e Curitiba.

De acordo com o boletim, em dezembro do ano passado, a Relatoria da ONU para a Moradia Adequada encaminhou carta ao governo brasileiro, narrando as denúncias recebidas e pedindo informações. Mas, até hoje, não obteve resposta.

O documento apresentado por Raquel Rolnik demonstra preocupação com esses fatos e aponta que as comunidades não participaram do planejamento das remoções já efetuadas ou em andamento. O boletim considera como limitadas as indenizações oferecidas às comunidades afetadas pelas obras.

Na avaliação de Raquel, a consequência pode ser o surgimento de novas favelas e um maior número de pessoas sem teto, sem que se providenciem os serviços e meios de subsistência nas áreas de realocação dessas famílias. A relatora pede aos governos federal, estaduais e municipais que suspendam as remoções previstas e as obras em andamento até que se instaure um diálogo transparente com a sociedade sobre todo o processo.

Ela defendeu que o governo adote um plano de legado socioambiental e de promoção dos direitos humanos, que garanta que os megaeventos esportivos vão deixar um legado positivo para o país.

Em entrevista à Agência Brasil, Raquel Rolnik disse que “o Brasil tem tempo para corrigir a rota”. Ela disse que uma das principais irregularidades observadas em algumas cidades-sede da Copa se refere à falta de transparência, diálogo e participação das comunidades afetadas pelas obras. “Faz parte da legislação, dos pactos internacionais no campo dos direitos à moradia, que, quando ocorre uma necessidade de remoção em função de projetos de desenvolvimento, de infraestrutura de obras, é fundamental a informação prévia para as comunidades atingidas”.

Ela destacou ainda como violação aos direitos humanos das comunidades o valor das indenizações ou compensações pagas. “As compensações têm que garantir, para aquela pessoa que foi desalojada, uma moradia adequada”.

Raquel destacou que as famílias removidas têm que ser reassentadas em lugares melhores do que aqueles em que moravam antes, não só do ponto de vista da habitação em si, mas também dos serviços e infraestrutura. “Ela [a família] não pode ser desalojada para um lugar a 40 quilômetros dali, que não tem nada, que não tem as oportunidades de desenvolvimento humano que ela tinha antes. Porque tudo isso vai acabar violando outros direitos humanos, como o direito ao trabalho, à educação, à saúde”.

Da mesma maneira, a relatora da ONU lembrou que as comunidades têm o direito de receber avisos sobre as remoções com antecedência suficiente. Ela condenou o uso de violência e de intimidação, relatado por várias entidades de direitos humanos nas cidades que sediarão os jogos da Copa.

Para ela, o alerta feito hoje, em Genebra, sinaliza que o país ainda tem tempo para remediar esses problemas. “O Brasil tem tempo, tem condições, tem trajetória e história para corrigir a rota e começar a promover aquilo que chamamos de um plano de legado socioambiental da Copa e de promoção e proteção dos direitos humanos.”

Raquel observou que, em casos de violações aos direitos humanos, o plenário da ONU pode impor sanções aos países, em função da gravidade dessas violações e de sua reincidência, mas ela não acredita que isso vá ocorrer no caso do Brasil."

Itália e França pedem revisão de tratado de circulação na Europa

26/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-26/italia-e-franca-pedem-revisao-de-tratado-de-circulacao-na-europa


"Da BBC Brasil

Brasília - Os líderes da França e da Itália pediram, nesta terça-feira (26), uma reforma do Tratado de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre a maioria dos países da União Europeia (UE).

O presidente francês Nicolas Sarkozy e o premiê italiano Silvio Berlusconi se encontraram para discutir a recente onda migratória do Norte da África rumo à Europa, em meio à onda de revoltas populares contra o governo nos países norte-africanos.

A Itália desagradou os franceses ao dar vistos a milhares de imigrantes, permitindo que eles se dirijam a outros países europeus graças ao Tratado de Schengen. O destino final de muitos desses imigrantes – em especial dos tunisianos - é a França, onde têm parentes e conhecidos.

Só a Itália já recebeu 25 mil imigrantes até agora em 2011.

Tanto Berlusconi quanto Sarkozy enfrentam pressão política interna para restringir a entrada de estrangeiros, principalmente por parte de partidos de extrema direita que se opõem à imigração.

Em coletiva em Roma nesta terça-feira, os líderes disseram que nem a Itália nem a França pretendem pôr fim ao Tratado de Schengen. “Mas, em circunstâncias excepcionais, acreditamos que deveria haver variações ao tratado. E decidimos trabalhar juntos nisso”, declarou Berlusconi.

O premiê italiano disse também que ele e Sarkozy escreveram uma carta conjunta ao Conselho Europeu pedindo uma revisão do tratado. Os dois países também pretendem pedir ao governo tunisiano que colabore tentando dissuadir imigrantes da viagem à Europa, disse Berlusconi.

Para Sarkozy, uma reforma no Tratado de Schengen é necessária para a sobrevivência do acordo. “Temos o euro, reformamos a economia europeia. Gostaria de ver a mesma coisa feita pelo Schengen.”

O Tratado, criado em 1985 e colocado em prática uma década depois, permite que residentes legais da maioria dos países da União Europeia, além de Suíça, Noruega e Islândia, viajem pelo continente com mínimas checagens nas fronteiras."

Exemplo do Brasil no combate à pobreza poderá servir de referência para o Bird

26/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-26/exemplo-do-brasil-no-combate-pobreza-podera-servir-de-referencia-para-bird


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O exemplo brasileiro da adoção de programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família, deverá ser tomado como referência pelo Banco Mundial (Bird) que organiza um plano internacional para a próxima década. O foco do banco é a a renovação das estratégias de atuação nas áreas de proteção social e trabalho. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, representará o Brasil nos debates.

“É necessário observar que que os programas de cooperação não se baseiam em venda de bens e serviços”, afirmou o secretário à Agência Brasil. “É uma abordagem integrada [reunindo vários setores em níveis federal, estadual e municipal] e mais mecanismos diretos. Vamos mostrar o que deu certo e o que não deu certo no Brasil", acrescentou.

Sousa apresentará o “modelo brasileiro” à direção do banco amanhã (27) e sexta-feira, em reuniões em Paris. Além do Brasil, foram convidadas autoridades da Costa Rica, Libéria, China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.

O secretário disse que quatro pilares sustentam a política social do governo brasileiro: o tratamento geopolítico e não comercial do tema, o envolvimento de setores distintos dos governos federal, estadual e municipal, um cadastro eficiente com os nomes dos beneficiados e seus históricos, a integração entre os programas e a ssociação desses elementos com o “Estado forte e sólido”.

“O Brasil não se pauta por interesses geopolíticos ou comerciais para implantar os programas, o exemplo disso é o apoio dado à África. Não há um vínculo comercial para a transferência da nossa tecnologia”, afirmou Paes de Sousa. “Ao fazer isso, o Brasil mostra que o problema das cooperações [muitas vezes] é a relação de venda de bens e serviços. Estimulamos os financiamentos e há lugar para as instituições multilaterais.”

Pelos dados do MDS, de 2003 a 2008 aproximadamente 24,1 milhões de brasileiros deixaram a linha de pobreza. Os programas de transferência de renda condicionada, como o Bolsa Família, atendem a cerca de 12,9 milhões de famílias no Brasil. De 2003 a 2010, mais de 13 milhões de empregos formais foram criados."

domingo, 24 de abril de 2011

Unificação do Iêmen é o maior legado de Saleh em 32 anos de poder

24/04/201


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-24/unificacao-do-iemen-e-maior-legado-de-saleh-em-32-anos-de-poder

Da Agência Lusa

"Brasília - O presidente do Iêmen, Ali Abdallah Saleh, que, no sábado (23), concordou em deixar o poder dentro de um mês, tem a unificação do país, em 1990, como o seu maior feito em 32 anos. Nascido em março de 1942 na tribo Sanhan (membro da poderosa confederação Hached), Ali Abdallah Saleh alista-se nas Forças Armadas aos 16 anos e, quatro anos depois, está na liderança do golpe de Estado que afasta de Sanaa o último imã, instaurando a República Árabe do Iêmen.

Em 1978 alcança a patente de tenente-coronel e é escolhido por uma assembleia constituinte como substituto do presidente norte-iemenita Ahmad Al-Ghachmi, assassinado num atentado organizado pelo Sul.

Controladas pelos britânicos até 1967, as províncias do Sul formam depois uma república com capital em Aden. Na Presidência, Saleh rodeia-se de parentes, entre os quais os irmãos, que nomeia para postos chave do aparelho militar e de segurança. Apoia-se, ainda, no partido governamental Congresso Geral do Povo (CPG) e não esquece as estruturas tradicionais do país, integrando os xeques das tribos ao Estado.

Em 1990 consegue reunificar o Sul e, no mesmo ano, Ali Abdallah Saleh torna-se o primeiro presidente do Iêmen unificado. De lá para cá, ele organizou três eleições legislativas e duas presidenciais, que venceu facilmente, em 1999 e em 2006, quando foi reeleito para um mandato que expira em 2013.

Casado e com sete filhos, Saleh é membro da comunidade zaidita, uma seita xiita que representa cerca de 30% da população, maioritariamente sunita. Considerado um pragmático, enfrentou os seguidores do líder terrorista Osama Bin Laden no Iêmen, tornando-se aliado dos Estados Unidos e beneficiário de uma ajuda de US$ 150 milhões por ano.

Cada vez mais isolado em face da contestação popular, que ganhou força após a morte, no dia 18, de 52 manifestantes em Sanaa, Ali Abdallah Saleh declarou-se disposto a abandonar o poder antes do final do ano, após a realização de eleições parlamentares.

O anúncio, poucas horas depois de o presidente ter alertado contra os riscos de uma guerra civil e alguns dias após ter decretado Estado de Emergência, não satisfez os opositores, que continuaram a exigir a sua saída.

Sábado, o partido presidencial CGP aceitou a saída de Saleh, no prazo de um mês, acolhendo uma proposta nesse sentido dos países do Conselho de Cooperação do Golfo. O conselho propôs a formação de um governo de união nacional, a transferência dos poderes do chefe de Estado para o vice-presidente e o fim das manifestações populares, proposta que foi aprovada pela oposição no Iêmen, mas que não agrada aos movimentos que contestam o regime nas ruas e que exigem a partida imediata de Saleh."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ONU adverte a Argentina sobre falta de habitações populares e despejos violentos

21/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-21/onu-adverte-argentina-sobre-falta-de-habitacoes-populares-e-despejos-violentos


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A relatora de Direitos Humanos na Organização das Nações Unidas (ONU), Raquel Rolnik, alertou hoje (21) o governo da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, sobre as ordens de despejo registradas no país. Rolnik apelou ao governo argentino para que adote uma estratégia global para enfrentar a crise habitacional e evite situações de violência. Em geral, segundo Rolnik, as vítimas dos despejos são moradores de áreas irregulares, agricultores e indígenas.

As informações são das Nações Unidas.

Depois de visitar a Argentina nos últimos dias, Rolnik disse que ouviu inúmeros testemunhos sobre despejos violentos, envolvendo o Estado e terrenos públicos, sem compensação para as famílias afetadas.

"Estou muito preocupada com os despejos violentos que ocorrem em várias regiões do país e a falta de uma ação mais abrangente de um programa de habitação digno para a Argentina", disse Rolnik. De acordo com ela, a "ocupação informal da terra” se tornou a principal forma de acesso à habitação no país devido à falta de ofertas acessíveis.

Rolnik lembrou que a falta de oferta de programas de habitação social estimula a discriminação na Argentina e gera disputas políticas. A relatora disse ter conversado com moradores, que afirmam se sentirem obrigados a ocupar prédios públicos vazios, porque não têm condições de morar em lugar algum."

Martelly, cantor popular, é confirmado o novo presidente do Haiti

21/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-21/martelly-cantor-popular-e-confirmado-novo-presidente-do-haiti

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - O Conselho Eleitoral Provisório do Haiti confirmou o nome do cantor popular Michel Martelly, de 50 anos, como o presidente eleito do país. Martelly venceu o segundo turno das eleições presidenciais, em 20 de março, obtendo 67,57% na disputa com Mirlande Manigat, ex-primeira-dama, que recebeu 31,7%. A posse será no próximo dia 14.

As informações são da agência pública portuguesa, a Lusa, e do Conselho Eleitoral Provisório do Haiti. As eleições no Haiti passaram por momentos de tensão e violência. Houve denúncias de irregularidades nos dois turnos eleitorais – com orientações para adotar mudanças –, além de episódios de agressões.

Antes da confirmação de sua vitória, Martelly fez uma viagem de três dias aos Estados Unidos. Ele se reuniu com autoridades de instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), além da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

O principal desafio de Martelly é intensificar os esforços para a reconstrução do Haiti – devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010 – e para o combate à epidemia de cólera.

Ambos os temas preocupam a comunidade internacional. Ontem (20) a presidenta Dilma Rousseff, durante discurso no Itamaraty, ratificou o apoio do Brasil no processo de reconstrução do Haiti. Segundo ela, a eleição de Martelly é a consolidação da democracia no país."

Cafeicultura brasileira deve bater recorde em receitas com exportações de 2011

20/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-20/cafeicultura-brasileira-deve-bater-recorde-em-receitas-com-exportacoes-de-2011


Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Apesar do câmbio atrapalhar muitos exportadores, a expectativa para as vendas externas da cafeicultura brasileira é promissora. Segundo o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva, enquanto, no ano passado, as receitas com as 33 milhões de sacas embarcadas para o exterior ficaram em US$ 5,8 bilhões, em 2011, a previsão é que as receitas ultrapassem US$ 7 bilhões. O valor é recorde e corresponde a 30 milhões de sacas negociadas.

O volume menor a ser comercializado se deve ao fato da safra brasileira de café, uma cultura bianual, estar em ano de ciclo de baixa, fazendo com que a expectativa de produção fique em 43,3 milhões de sacas este ano, contra 48,1 milhões de sacas, em 2010, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Silva ressalta, no entanto, que os preços do produto mais que dobraram em menos de um ano, principalmente, devido aos baixos estoques mundiais.

“Em junho do ano passado, o valor da saca estava em R$ 250 e, agora, está em R$ 540”, afirmou Silva, candidato brasileiro para dirigir o Conselho Nacional do Café, com sede em Londres. O Brasil é responsável, atualmente, por 36% da produção mundial de café e 34% de todas as exportações mundiais.

Na próxima semana, Silva e mais de 500 produtores, torrefadores, pesquisadores, exportadores, especialistas e baristas brasileiros viajam a Houston, nos Estados Unidos, para participar da maior feira de cafés especiais do mundo, na qual o Brasil será o país tema, com o slogan "Cafés Especiais do Brasil: Um País, Muitos Sabores”.

Segundo ele, a cafeicultura nacional vive um momento especial, vendendo para todo o mundo, sendo o maior exportador e ocupando mercados de outros países que não honraram seus contratos."

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Itamaraty prevê mais reclamações contra o Brasil na OMC

20/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-20/itamaraty-preve-mais-reclamacoes-contra-brasil-na-omc


Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

"São Paulo – O crescimento econômico do Brasil deve fazer com que mais queixas contra o país sejam levadas à Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa é a previsão do diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Estivallet de Mesquita.

Segundo Mesquita, quanto mais um país ganha relevância no comércio global, mais chama a atenção e mais reclamações recebe. Isso, disse ele, já ocorreu com países que aumentaram sua participação no mercado mundial.

“Há muito interesse pelo mercado brasileiro. Então, os outros países estarão olhando as brechas que existirem”, afirmou Mesquita, após participar de um seminário sobre defesa comercial organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o representante do Itamaraty, porém, o aumento das queixas não deve ser motivo de temor para os brasileiros já que o país segue as regras do comércio mundial. “Como nós seguimos as regras, não temos telhado de vidro”.

Mesquita ressaltou que o Brasil precisa preparar-se contra as demandas. Para isso, o país deverá ter mais profissionais especializados em processos e trâmites da OMC.

O diretor de Negociações Internacionais da Fiesp, Mario Marconini, concorda com Mesquita. Ele disse que o Brasil precisa ter mais pessoas trabalhando em sua defesa comercial. “O nosso sistema está pequeno. Precisamos de muito mais gente”, disse ele, depois de citar o exemplo do México, que tem uma economia menor que a do Brasil, mas uma equipe de defesa maior.

Marconini disse que com mais especialistas na área de defesa comercial, o Brasil também poderia demandar mais da OMC para se proteger de práticas ilegais. Apesar do déficit de pessoal, Marconini acredita que o governo brasileiro tem feito um bom trabalho. “O Brasil vai firme no tribunal, defende o seu. Quando não cumprem [uma decisão], ele insiste”."

Português é fundamental

Por Alessandra Baldner

Quem nunca ouviu a máxima de que concurso é feito para eliminar candidatos? Nas últimas duas décadas, o número de pessoas que almejam um emprego público subiu. Consequentemente, as provas se tornaram mais difíceis. Por isso, é preciso que o candidato esteja bem preparado tanto física quanto emocionalmente para fazer a prova. E, quanto maior a procura, mais seletivo o exame precisa ser. “Concurso não é loteria, é empenho, dedicação”, afirma professora de Didática Margareth Martins, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a professora, é necessário que o candidato domine o Português e o conteúdo específico da prova, além de desenvolver a capacidade de unir esses dois campos. “Eu diria que é a construção de uma competência técnica associada a uma percepção política daquilo que está sendo pedido. Ou ele sabe ou ele não sabe. Ele não pode saber mais ou menos e ter uma vaga lembrança. Ou ele sabe decorado, ou ele não sabe decorado”, destaca Margareth, “o concurso é preparado, portanto, para eliminar”.

O estudo de Português é fundamental para o bom desempenho nos concursos, tanto nas questões referentes a esta matéria quanto às demais. Saber interpretar o enunciado é a técnica, explica Margareth. Segundo ela, 90% das respostas estão correlacionadas às perguntas. “A dica que eu posso dar é a seguinte: geralmente, a resposta está na pergunta. Então você tem que saber interpretar. O Português é que vai levar à aprovação nesse momento. Eu preparo concurso público há mais de dez anos”, afirma ela.

Para quem acredita que as famosas técnicas de chute podem completar o empenho nos estudos, Margareth acredita que essa teoria é uma “construção errada. São 92% de transpiração e 8% de inspiração”, e destaca uma técnica que não passa de puro aprendizado: a “cola inteligente”. Ao preparar a cola, o candidato está estudando, e acaba por deixá-la de lado. “Trabalha o imaginário de que você vai passar a perna (nos outros candidatos), tem uma certa sedução. É uma cola inteligente. Uma forma de estudar. Não é a cola como sistema. É um tipo de estudo. Não estraga aprendizado”, enfatiza ela.

O estilo Dilma de fazer política externa se baseia no respeito às diferenças, diz Patriota

20/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-20/estilo-dilma-de-fazer-politica-externa-se-baseia-no-respeito-diferencas-diz-patriota


Renata Giraldi eYara Aquino
Repórteres da Agência Brasil

"Brasília – Com respeito às diversidades, sem abrir mão de questões essenciais, como a defesa dos direitos humanos e busca pelo avanço econômico do Brasil sustentado na justiça social e na democracia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (20), que a presidenta Dilma Rousseff registra seu estilo na política externa nestes primeiros meses de gestão. Segundo ele, a precisão aliada ao idealismo resumem as características deste estilo.

“A objetividade como critério, a firmeza na promoção dos interesses nacionais e a ênfase na busca de resultados concretos nos planos econômico, comercial e da inovação”, disse Patriota, referindo-se aos principais pontos da política externa brasileira. “A prioridade atribuída a parcerias capazes de contribuir para o aumento da competitividade.”

Patriota participou da cerimônia de formatura de 109 novos diplomatas, no Itamaraty, na presença da presidenta Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.

Segundo o chanceler, há um compromisso do governo Dilma com a promoção e a proteção dos direitos humanos “sem seletividade nem politização”. A afirmação dele ocorre no momento em que a comunidade internacional discute as denúncias de violações de direitos humanos na China, na Líbia, na Costa do Marfim e também no Irã, além de outros países.

Diante da turma de formandos, que escolheu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como paraninfo – e representado pelo assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia - Patriota disse que Lula foi o “protagonista maior” dos esforços do Brasil em favor da integração regional e que “jamais esteve indiferente aos dramas do mundo periférico”. “Sua contribuição é reconhecida no Brasil e no mundo e permanecerá uma referência necessária”, disse.

Em nome do ex-presidente, Garcia leu a mensagem aos novos diplomatas e parafraseando o cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Hollanda, Lula recomendou que os profissionais que lidarão com a política externa se coloquem em posição de igualdade nas negociações internacionais.

“Quero terminar com uma fala do Chico Buarque: 'Sou de um país que fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington, nem grosso com a Bolívia. Por isso, é respeitado no mundo inteiro como nunca antes na história desse país'”, afirmou Lula na mensagem lida por Garcia, sendo aplaudido pelos presentes.

A frase citada por Lula de Chico Buarque foi feita pelo artista em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro, quando intelectuais, atores, cantores e compositores declararam apoio à candidatura de Dilma Rousseff que disputava as eleições com o ex-governador José Serra (PSDB)."

Dilma: reforma do Conselho de Segurança da ONU não é capricho do Brasil

20/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-20/dilma-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu-nao-e-capricho-do-brasil


Renata Giraldi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil

"Brasília – A presidenta Dilma Rousseff rebateu hoje (20) as críticas sobre a insistência do governo brasileiro em defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma disse que a posição “não é um capricho”, mas reflete a necessidade da nova estrutura da ordem mundial. Segundo ela, é necessário observar que várias das entidades internacionais estão “obsoletas”. Para a presidenta, a “ONU envelheceu”.

“Reformar o Conselho de Segurança não é capricho do Brasil. [É uma iniciativa que] reflete a correlação de forças do século 21. Mais do que isso exige que as grandes decisões sejam tomadas por organismos representativos”, afirmou a presidenta diante de diplomatas brasileiros e estrangeiros, no Itamaraty.

Dilma participou da cerimônia de formatura de 109 diplomatas, no Ministério das Relações Exteriores, ao lado do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.

Para a presidenta, é fundamental modificar a estrutura da ONU, assim como de outras entidades internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). “[É necessário dar] a representação que os países emergentes têm no cenário internacional. Há que reformar [essas entidades]. A ONU também envelheceu”, disse ela.

Pela estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2ª Guerra Mundial, ocupam vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. São integrantes provisórios o Brasil, a Turquia, a Bósnia-Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, a Áustria, o Japão, o México, o Líbano e a Uganda – por um período de apenas dois anos.

Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto foi tema de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e também da China, Hu Jintao. Em todas as reuniões que mantém com autoridades estrangeiras, Patriota menciona o tema."

OEA dá mais 8 dias para Brasil responder sobre Belo Monte

20/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-20/oea-da-mais-8-dias-para-brasil-responder-sobre-belo-monte

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), concedeu mais oito dias para que governo brasileiro se manifeste sobre medida cautelar que pede a suspensão do processo de licenciamento da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. De acordo com a CIDH, a ampliação do prazo atende ao pedido feito pelo governo.

Com a decisão da comissão, o governo brasileiro terá até o dia 26 de abril para responder à medida cautelar que solicita a paralisação do projeto de Belo Monte até que sejam ouvidas as comunidades indígenas que vivem na região. O prazo inicial dado pela CIDH para a resposta era de 15 dias e terminou na segunda-feira (18).

Além de ouvir os índios, a decisão da CIDH pede que os estudos de impacto ambiental, apresentado aos índios, sejam traduzidos para a língua indígena e que o Brasil adote medidas “vigorosas e abrangentes” a fim de proteger a vida dos integrantes das comunidades locais.

A decisão da CIDH é uma resposta à denúncia encaminhada, em novembro de 2010, por entidades como o Movimento Xingu Vivo Para Sempre, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Prelazia do Xingu, o Conselho Indígena Missionário (Cimi), a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Justiça Global e Associação Interamericana para a Defesa do Ambiente (AIDA). De acordo com a denúncia, as comunidades indígenas e ribeirinhas da região não foram consultadas de forma apropriada sobre o projeto.

O governo anunciou que não abre mão da construção de Belo Monte que será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (levando em conta que a Usina de Itaipu é binacional) e a terceira maior do mundo. A usina terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência e reservatório com área de 516 quilômetros quadrados. Até o momento, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar o canteiro de obras.

A OAE alega que a oitiva das comunidades é prevista na Constituição Brasileira e na Convenção Americana dos Direitos Humanos e Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), das quais o Brasil é signatário."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Autoconhecimento e respeito ao próprio ritmo favorecem candidatos nas provas

Por Alessandra Baldner


Preparar-se para concurso público requer, além de muito estudo, autoconhecimento e respeito do ritmo próprio, afirmam os professores de didática Margareth Martins e Carlos Parada, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Aceitar o erro como parte do processo de estudo, ter afinidade com a carreira escolhida, e analisar se a escolha feita pelo candidato não é uma imposição própria, ou da família, são fundamentais para ao bom desempenho nas provas. O mais importante, porém, é analisar o melhor caminho associando-o à felicidade, sem desespero.

Na ânsia de passar o mais rápido possível nas provas, muitos candidatos acabam por desenvolver uma auto-cobrança, associada a uma imposição definida pela sociedade, sem vislumbrar outras oportunidades. Segundo Carlos Parada, “a pessoa tem outras possibilidades que não consegue ver. Decidiu que quer fazer concurso e fica amarrada naquilo ali. Não por ser incapaz, mas às vezes não é para a pessoa. Não está harmonizado com a história dela, com o ritmo dela”.

Entretanto, quando o candidato tem certeza quanto à vocação, é preciso que esteja atento ao próprio espaço e às suas fronteiras físicas e emocionais. Para Margareth Martins, parte da dificuldade encontrada pelos candidatos reside na “auto-competitividade”, que, muitas vezes, faz com que o concurseiro falhe nos exames. “A sociedade capitalista afirma que a competição é externa ao homem. Não é. A competição é interna, é você com você próprio. É para você se melhorar, para você se conhecer, para você poder saber onde é o seu espaço”, afirma a professora.

Os professores enfatizam, ainda, que é necessário a pessoa respeitar o próprio ritmo para ter equilíbrio físico e emocional e, dessa forma, encontrar seu caminho. A dica, segundo Margareth, é o candidato se aceitar como ele é: com ou sem conhecimento, e desenvolver um olhar de compreensão, e não de julgamento sobre os fatos. Preceito esse que pode ser usado em diversos relacionamentos, além dos campos de estudo e de trabalho.

O respeito ao próprio ritmo, associado à tranqüilidade, favorece a qualidade do desempenho do candidato na prova e, inclusive, na vida. “Você internaliza isso e é uma forma de você agir assim para tudo, até para escolher papel para a sua impressora. Você tem uma forma de ser feliz que é só sua, uma forma de viver que cabe só em você e não vai caber em mais ninguém. Mas o preço a se pagar é altíssimo, e o retorno é inimaginável. Até para fazer a prova no dia seguinte”, defende a Margareth.

De acordo com Parada,“é a coisa do tempo também. Cada um tem um tempo próprio. Não adianta pessoa querer forçar se está fora do ritmo dela”. A psicóloga Terezinha Moreira confirma a explicação do professor ao enfatizar que “é válido continuar tentando, porque pode não ser ainda o momento de aquele candidato passar nos exames. Cada um tem o seu tempo”. Portanto, se você é concurseiro e tem certeza do que quer, não se desespere, mantenha o seu ritmo no seu tempo.

Mais 25 frigoríficos brasileiros estão autorizados a exportar carne de aves para China

19/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-19/mais-25-frigorificos-brasileiros-estao-autorizados-exportar-carne-de-aves-para-china

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - Após o anúncio na semana passada da abertura do mercado chinês para a carne suína brasileira, com três frigoríficos nacionais autorizados a exportar, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informou hoje (19) que mais 25 estabelecimentos estão autorizados a vender carne de aves para o país asiático. Com a medida, o Brasil passa a ter 50 plantas habilitadas a exportar para a China.

“Não quer dizer que dobrando as plantas frigoríficas, vamos dobrar as exportações. Mas, seguramente, eu posso afirmar que vamos aumentar consideravelmente as exportações nos próximos anos, em grande parte pela ampliação do número de plantas”, disse Rossi. Segundo o secretário de Relações Internacionais do ministério, Célio Porto, a China importa anualmente cerca de US$ 1 bilhão em carne de aves, sendo aproximadamente metade de origem brasileira.

O ministro disse ainda que o governo chinês anunciou, durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à China, na semana passada, a habilitação de mais cinco plantas frigoríficas de carne bovina brasileira, aumentado para oito a quantidade de frigoríficos autorizadas a vender para aquele mercado.

Em relação à carne suína, Rossi disse que a abertura do novo mercado, aumenta o reconhecimento à produção brasileira, e também estimula a venda para os dois principais mercados importadores: Japão e Coreia. “Com a abertura da carne suína, completou-se um ciclo, com todas as carnes autorizadas a entrar no mercado chinês”, concluiu."

ONU abre corredor humanitário na Líbia para distribuir alimentos a cerca de 50 mil pessoas

19/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-19/onu-abre-corredor-humanitario-na-libia-para-distribuir-alimentos-cerca-de-50-mil-pessoas


Da Agência Lusa

"Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou hoje (19) que foi aberto um corredor humanitário na Líbia para que o Programa Alimentar Mundial (PAM) distribua alimentos a cerca de 50 mil pessoas no Oeste do país. Nessa região estão concentradas as pessoas que tentam deixar a Líbia rumo aos países vizinhos.

A ajuda será dada aos civis que estão isolados devido aos confrontos armados entre aliados do presidente líbio, Muammar Khadafi, e adversários dele. Os conflitos geraram cerca de 10 mil mortos e 55 mil feridos. As informações são do ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini. Ele disse se basear em dados do líder do Conselho de Transição líbio, Mustapha Abdeljalil.

O Programa Alimentar Mundial informou ter preparado oito caminhões para o transporte de 240 toneladas de farinha de trigo e 9,1 toneladas de biscoitos energéticos. O objetivo é atender a cerca de 50 mil pessoas durante um mês. A área que receberá a ajuda faz fronteira com a Tunísia.

É a primeira vez que a ONU consegue abrir um corredor humanitário na Líbia. O acordo foi fechado no último fim de semana e anunciado ontem (18) pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Para a comunidade internacional, a situação na Líbia é considerada cada vez mais preocupante. Pelos dados das organizações humanitárias, mais de 100 pessoas foram mortas, em 48 horas, nas cidades de Nalout e Yefren, no Sudeste do país. Nos últimos dez dias, cerca de 10 mil líbios fugiram para as montanhas no Oeste do território, na tentativa de escapar dos bombardeios que atingem as principais cidades do país."

Cuba adotará medidas de abertura econômica com rigor e disciplina

19/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-19/cuba-adotara-medidas-de-abertura-economica-com-rigor-e-disciplina


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


"Brasília – Pela primeira vez desde 1959, Cuba decidiu adotar medidas mais amplas que levam à abertura do mercado econômico interno. As decisões foram tomadas durante o 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), em Havana. A partir de agora, os cubanos poderão comprar e vender imóveis, atitudes proibidas desde a Revolução Cubana.

As informações são da estatal cubana Rádio Havana e da BBC Brasil. Nos últimos 50 anos, o governo só permitiu que os pais transmitissem as propriedades aos filhos ou trocassem esses bens por meio de um sistema complexo e que envolvia pagamentos extras.

As decisões fazem parte de um conjunto de medidas que começou a ser anunciado em outubro do ano passado, a partir do estímulo à adesão ao programa de demissão de cargos públicos e à participação de projetos de iniciativa privada. Porém, o presidente de Cuba, Raúl Castro, alertou que a concentração de terras não será autorizada.

As medidas contam com o apoio do ex-presidente e líder da Revolução de 1959, Fidel Castro. Em um artigo publicado hoje, Fidel disse que os jovens devem corrigir os erros do passado e assegurar a sobrevivência do comunismo.

O relatório com as principais medidas aprovadas durante o congresso foi divulgado hoje na imprensa cubana. No documento, as autoridades de Cuba admitem que o sistema em vigor no país tem uma série de erros, como a falta de previsão e a burocracia – dificuldades que devem ser eliminadas.

No relatório, a proposta é rever e “atualizar o modelo de desenvolvimento” adotado em Cuba, mas preservando o sistema comunista denominado “forças patrióticas e revolucionárias”. Segundo o texto, as mudanças exigem “ordem, disciplina e um exigente e rigoroso exercício de controle”."

Raúl Castro é o novo primeiro-secretário do PCC

19/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-19/raul-castro-e-novo-primeiro-secretario-do-pcc

Da Agência Lusa

"Brasília – Irmão do ex-presidente cubano Fidel Castro (1976-2008) e presidente do país, Raúl Castro foi eleito hoje (19) primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC). Até ontem (18) o cargo era ocupado por Fidel, que anunciou, pela imprensa, sua renúncia ao cargo. A eleição de Raúl Castro ocorreu durante o 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba, em Havana.

“Como primeiro-secretário do partido, foi eleito o companheiro que pelos méritos, a trajetória, fidelidade ao povo, ao partido, a Fidel [Castro] e à Revolução [Cubana, em 1969], o companheiro Raúl Castro", disse o líder Júlio Camacho Aguilera. Emocionado, o presidente cubano reagiu: “Muito obrigado, eu mereço”.

Antes da eleição de Raúl Castro, Fidel, que não participou das reuniões anteriores do congresso, compareceu à sessão. Ao entrar no auditório, o ex-presidente foi aplaudido de pé por cerca de mil delegados do PCC.

“Fidel, é uma alegria tê-lo aqui”, disse Camacho Aguilera, dando boas-vindas ao líder da Revolução Cubana. Em 2008, Fidel abriu mão da Presidência da República alegando problemas de saúde."

Fidel anuncia em Cuba renúncia a último cargo político

19/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-19/fidel-anuncia-em-cuba-renuncia-ultimo-cargo-politico

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília - Ex-presidente de Cuba (1976-2008) e líder da Revolução Cubana (1959), Fidel Castro, de 84 anos, anunciou hoje (19) sua renúncia ao comando do Partido Comunista do país, último cargo político que ocupou por 46 anos. A decisão de Fidel foi publicada na coluna denominada Minha Ausência no Congresso Comunista (CC) – cujos debates começaram no último final de semana, em Havana.

As informações são da estatal Rádio Havana de Cuba. “Raúl [Castro] sabia que eu não aceitaria atualmente responsabilidade alguma no seio do partido”, disse Fidel, no artigo publicado hoje no site Cubadebate, justificando sua ausência nos debates do novo Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), eleito ontem (18) no 6º Congresso do PCC.

Em 1965, Fidel assumiu como o primeiro secretário do Comitê Central do PCC, cargo que foi transmitido ao irmão Raúl Castro, que atualmente é o presidente de Cuba. Em fevereiro de 2008, Fidel anunciou sua saída da Presidência da República e passou o cargo a Raúl. Na época, ele alegou problemas de saúde."

França nega tensão com a Itália por causa de imigrantes do Norte da África

18/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-18/franca-nega-tensao-com-italia-por-causa-de-imigrantes-do-norte-da-africa

Da Agência Lusa

"Brasília – A controvérsia envolvendo europeus e a imigração de norte-africanos ganhou hoje (18) novos elementos. O ministro do Interior da França, Claude Guéant, negou que o governo do presidente francês, Nicolas Sarkozy, limite o acesso dos imigrantes e evite o ingresso deles no país. Nos últimos meses, com a crise política que afetou o Norte da África, a França e a Itália se tornaram os principais destinos dos imigrantes da Tunísia, da Líbia e do Egito.

Segundo Guéant, os franceses respeitam os acordos referentes aos imigrantes, especialmente os tunisianos, que receberam autorização de permanência do governo da Itália - após a suspensão do tráfego ferroviário entre os dois países.

“Fazemos uma aplicação à letra e no espírito dos acordos”, afirmou Claude Guéant, durante reunião em Bucareste, na Romênia. Recentemente, o governo da Itália concedeu autorizações de permanência, de até seis meses, para cerca de 20 mil tunisianos que chegaram ao país. O intuito é fazer com que eles possam se unir às famílias na França e em outros países europeus.

De acordo com o ministro, os estrangeiros que receberam autorização para permanência provisória devem comprovar que dispõem de recursos financeiros para sua manutenção no local a que se destinam. Guéant afirmou que se não houver a comprovação, as pessoas “são reconduzidas à Itália” - que é o país de entrada.

O ministro afirmou ainda que o governo da França não quer tensões com a vizinha Itália em relação aos imigrantes tunisianos. De acordo com Guéant, a decisão de conceder autorização de permanência provisória foi contestada por “muitos países da União Europeia”."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

OMC: “Made in the World”

Fonte: Organização Mundial do Comércio
http://www.wto.org/english/res_e/statis_e/miwi_e/miwi_e.htm

"The “Made in the World” initiative has been launched by the WTO to support the exchange of projects, experiences and practical approaches in measuring and analysing trade in value added.

Today, companies divide their operations across the world, from the design of the product and manufacturing of components to assembly and marketing, creating international production chains. More and more products are “Made in the World” rather than “Made in the UK” or “Made in France”. The statistical bias created by attributing the full commercial value to the last country of origin can pervert the political debate on the origin of the imbalances and lead to misguided, and hence counter-productive, decisions. The challenge is to find the right statistical bridges between the different statistical frameworks and national accounting systems to ensure that international interactions resulting from globalization are properly reflected and to facilitate cross border dialogue between national decision makers."

Presidente de Cuba propõe limite de dez anos para mandatos no país

18/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-18/presidente-de-cuba-propoe-limite-de-dez-anos-para-mandatos-no-pais

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – O presidente de Cuba, Raúl Castro, defendeu, no fim de semana, que a partir deste ano o período de permanência em cargos públicos no país seja de, no máximo, dois mandatos de cinco anos. O atual presidente é irmão do ex-presidente e líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, que se manteve no poder por 32 anos.

Em discurso durante Congresso do Partido Comunista Cubano, Raúl Castro disse que a liderança do partido precisa de uma “renovação sistemática” e deve se submeter a uma intensa autocrítica. Aos 79 anos, o presidente assumiu o poder em 2008, sucedendo o irmão Fidel. Juntos, eles já permaneceram 52 anos no poder.

As informações são da BBC Brasil. A proposta de limitar o tempo de mandatos políticos na ilha é inédita no regime comunista cubano. A ideia completa uma série de mudanças que ocorrem desde o ano passado em Cuba. O objetivo é reduzir os gastos do Estado e incentivar, de forma limitada, a iniciativa privada.

Para Raúl Castro, o processo de atualização do modelo econômico cubano deve levar pelo menos cinco anos. Segundo ele, os sistemas de educação e saúde vão ser mantidos gratuitos, mas outros serviços na área social vão sofrer cortes “racionalizados”. O presidente não detalhou esses cortes.

De acordo com o governo, 200 mil pessoas já se registraram para trabalhar como autônomas desde que as mudanças foram anunciadas, em outubro do ano passado. O número foi o dobro do que ocorre atualmente. Raúl Castro disse ainda que o caráter socialista do regime cubano era “irreversível”.

O congresso foi precedido de uma das maiores paradas militares vistas no país nos últimos anos. O desfile marcou o 50º aniversário da tentativa frustrada de invadir Cuba, com o apoio da CIA (o serviço secreto norte-americano), pela Baía dos Porcos.

Centenas de milhares de cubanos saíram às ruas em Havana para celebrar a data. A celebração é considerada pelas autoridades cubanas como um triunfo sobre os Estados Unidos. Desde fevereiro de 1962, o regime cubano está submetido a um embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos."

terça-feira, 12 de abril de 2011

Em Pequim, governo chinês apoia reforma do Conselho de Segurança e reitera parceria militar com o Brasil

12/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-12/em-pequim-governo-chines-apoia-reforma-do-conselho-de-seguranca-e-reitera-parceria-militar-com-brasil

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Em nome da promoção do “desenvolvimento, da democracia, dos direitos humanos e da justiça social”, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da China, Hu Jintao, reafirmaram hoje (12) parcerias nas quais garantem a manutenção de um Comitê Conjunto de Defesa e uma série de acordos de cooperação na área. Na presença de Dilma, Hu Jintao defendeu a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas de tal maneira que se torne mais “eficiente e capaz”.

A reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é tema considerado prioritário na política externa brasileira. “Neste contexto, a China e o Brasil apoiam uma reforma abrangente da ONU, incluindo o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança como uma prioridade”, diz o comunicado conjunto divulgado hoje.

Para o governo Dilma, a estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2ª Guerra Mundial, não corresponde ao mundo atual. Por isso, o esforço é para ampliar o número de cadeiras de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular.

“A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas”, acrescenta o documento.

De acordo com o comunicado, Dilma e Hu Jintao concordam que os países em desenvolvimento merecem ampliar seu espaço no cenário político internacional, por isso pretende ampliar o diálogo em busca dessa conquista. Paralelamente, China e Brasil defendem a atuação da ONU como mediadora de negociações internacionais.

“[Os presidentes da China e do Brasil] reiteraram seu comprometimento com o multilateralismo e expressaram seu apoio ao papel central da ONU na solução de grandes questões internacionais. Reafirmaram [ainda] a necessidade da reforma da ONU, de forma a torná-la mais eficiente e capaz de tratar dos desafios globais atuais”, completa o documento final."

China sinaliza abertura do mercado ao Brasil

12/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-12/china-sinaliza-abertura-do-mercado-ao-brasil

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A primeira visita da presidenta Dilma Rousseff à China rendeu compromissos do governo do presidente chinês, Hu Jintao, que atendem à parte dos apelos dos empresários brasileiros. Hu Jintao promete abrir o mercado chinês aos produtos brasileiros, como carnes suína e bovina, além de aves, tabaco e frutas cítricas. As parcerias incluem ainda questões sociais, de turismo, educação e esportes.

As parcerias foram sintetizadas em um comunicado conjunto anunciado hoje (12) por Dilma e Hu Jintao, que reúne 29 pontos, durante solenidade em Pequim. “[Os presidentes] coincidiram em estender a cooperação para novas áreas, com base nos princípios de respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco”, resumiu do documento.

No comunicado, a China sinaliza que pretende atender ao apelo do empresariado brasileiro para abrir seu mercado. “A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil. A parte brasileira reafirmou o compromisso de tratar de forma expedita a questão do reconhecimento da China como economia de mercado”, diz o texto.

De acordo com o documento, Dilma e Hu Jintao “mantiveram reunião em clima cordial e amistoso”. Durante a conversa de hoje com Dilma também estavam presidentes o presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, e o primeiro-ministro do Conselho de Estado, Wen Jiabao.

No comunicado, Dilma e Hu Jintao afirmam “considerar como positivos os resultados alcançados com a visita, cujo sucesso contribuirá para dar renovado impulso ao desenvolvimento da Parceria Estratégica Brasil-China”. Ao longo do dia, foram assinados acordos de cooperação nas áreas de política, defesa, ciência e tecnologia, recursos hídricos, esporte, educação, agricultura, energia elétrica, telecomunicações, aeronáutica..

De acordo com o documento, chineses e brasileiros consideram ainda que houve avanços na cooperação econômico-comercial envolvendo os dois países, nos últimos anos. O texto lembra que, desde 2009, a China é o principal parceiro econômico do Brasil – com superávit para o lado brasileiro.

O texto confirma ainda a parceria para ação conjunta envolvendo a aviação executiva e regional, referindo-se às empresas de transporte aéreo da China e a Embraer. Depois de muitas discussões, a fabricante brasileira Embraer, finalmente, começará a produzir o jato executivo Legacy. Exatamente como foi anunciado pelo Ministério da Agricultura, informando que três frigoríficos brasileiros passarão a exportar carne suína para a China – maior mercado do mundo -, o documento divulgado hoje confirma a iniciativa.

Pelo acordo, será fortalecido o “diálogo” para a promoção do comércio de alimentos e produtos agrícolas entre ambos. Segundo o texto, serão acelerados os processos de registros de novos estabelecimentos comerciais brasileiros – nas áreas de carnes bovina e suína, além de aves – que venderão produtos para a China.

A pauta comercial entre China e Brasil também ganhou novos elementos incluindo gelatina, milho, folha de tabaco dos estados da Bahia e Alagoas, embriões e sêmen de bovinos, frutas cítricas, do Brasil, e peras, maçãs e frutas cítricas, da China."

China e Brasil fazem acordo para incrementar investimentos para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos

12/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-12/china-e-brasil-fazem-acordo-para-incrementar-investimentos-para-copa-do-mundo-e-jogos-olimpicos

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A três anos da Copa do Mundo do Brasil, o presidente da China, Hu Jintao, acertou hoje (12) com a presidenta Dilma Rousseff o investimento de chineses nas áreas de eventos esportivos no Brasil não só em 2014, como também em 2016 nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Mundo. O acordo foi firmado durante a visita de Dilma a Pequim e anunciado pelos dois presidentes.

De acordo com o comunicado, os governos chinês e brasileiro “reconheceram o elevado potencial de cooperação” na área de infraestrutura, sobretudo em projetos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos setores de transporte e energia.

“[Os governo da China e do Brasil] reconheceram o potencial para o estabelecimento de parcerias brasileiras e chinesas em projetos de construção de infraestrutura relacionados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016”, diz o documento.

O texto do comunicado lembra que chineses e brasileiros fizeram parcerias, em 2008, durante a organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos e negociaram acordos para os Jogos Olímpicos Juvenis de 2014.

“[Ambos] concordaram em promover a cooperação e a troca de experiências sobre a preparação e organização de grandes eventos internacionais na área esportiva e assinaram memorando de entendimento a respeito. [Os dois governos] concordaram em fomentar o intercâmbio de atletas, com o intuito de promover a cooperação esportiva e o aprimoramento do nível do esporte nos dois países”, diz o documento.

Paralelamente, Dilma e Hu Jintao se comprometeram a simplificar e melhorar os serviços e trâmites regulamentares para a concessão de vistos e permanência envolvendo chineses e brasileiros. O objetivo, segundo o acordo, é incentivar os programas de turismo e incrementar os projetos em educação e treinamento pessoal.

Mas o acordo dependerá de uma série de consultas entre os dois governos e mais negociações. Por enquanto, a parceria negociada pelos presidentes dá início às articulações para pôr em prática as medidas efetivas que resolvam os eventuais problemas que surjam no fluxo de pessoas. O texto faz parte de um comunicado conjunto firmado hoje por Dilma e Hu Jintao, que reúne 29 pontos.

A presidenta está na China para uma viagem de seis dias. Ela participa de uma série de encontros bilaterais e multilaterais. Os principais temas envolvem economia e comércio, mas outros assuntos também foram incluídos nas conversas. Dilma retornará ao Brasil no dia 18."

Dilma e Hu Jintao conversam sobre direitos humanos no momento em que artista chinês é preso

12/04/2011

Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-12/dilma-e-hu-jintao-conversam-sobre-direitos-humanos-no-momento-em-que-artista-chines-e-preso

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – A presidenta Dilma Rousseff conversou hoje (12), em Pequim, com o presidente da China, Hu Jintao, sobre um dos temas mais delicados da política chinesa: direitos humanos. Dilma e Hu Jintao se comprometeram a desenvolver ações comuns para as “boas práticas”, segundo o comunicado conjunto assinado nesta terça-feira. No documento, ambos os presidentes decidiram criar um grupo de trabalho que irá desenvolver ações de combate à pobreza.

Pelo texto, Dilma e Hu Jintato irão intensificar a cooperação na área social, em especial sobre políticas e programas de combate à pobreza. Por isso será criado o grupo de trabalho sobre temas sociais e combate à pobreza.

Do lado brasileiro, o grupo será coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Do lado chinês, será o Gabinete de Políticas de Combate à Pobreza do Conselho de Estado que irá comandar a execução dos projetos. Os ministérios da Saúde dos dois países ficarão encarregados de reforçar a cooperação no setor e de examinar a conveniência de criar um mecanismo de cooperação sobre o tema.

O comunicado conjunto de Dilma e Hu Jintao ocorre no momento em que o governo chinês é acusado de manter preso, por motivações políticas, o artista plástico Ai Weiwei. Crítico do governo, o artista é suspeito de atos impróprios. Hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês se recusou a fornecer informações sobre Ai Weiwei.

De acordo com o comunicado conjunto, Dilma e Hu Jintao se comprometeram ainda a intensificar os esforços para a execução de uma “economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “o marco institucional para desenvolvimento sustentável”.

Ambos os presidentes reiteraram o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, em especial aqueles relacionados ao desenvolvimento sustentável e à segurança alimentar e nutricional.

O texto do comunicado, divulgado hoje em Pequim, inclui 29 temas distintos e foi anunciado pelos dois presidentes. Em seguida, estava previsto um banquete oferecido pelo governo chinês à Dilma Rousseff."

Leitura: As Relações Internacionais da América Latina

Percebo que muitos candidatos ao CACD sentem falta de um livro de fácil digestão e, ao mesmo tempo “completo” sobre a História da América Latina, com ênfase nas Relações Internacionais. A maioria dos livros de História Geral mencionam a História do continente, mas sem entrar em certos detalhes. Por outro lado, a coleção História da América Latina, de Leslie Bethell, é ótima, mas massacrante pela quantidade de detalhes, que deixariam qualquer candidato ao CACD enlouquecido.

Desbravando estantes de livrarias, sempre que encontro tempo, deparei-me com As Relações Internacionais da América Latina, de Luiz Felipe V. Moreira, Marcela C. Quinteros e André R. Silva (Editora Vozes). O livro é dividido em três partes e, na verdade, trata-se de um resumo muito bem feito: mais conteúdo em menos papel. O texto parte das independências, formação e consolidação de Estados latino-americanos, seguindo até o ano de 2009; e a abordagem se baseia no protagonismo das elites locais, não somente no reflexo dos investimentos estrangeiros na região, um “revisionismo” na análise feita nas décadas de 1960 e 1970.

Os Estados Unidos são citados de maneira constante pelo fato de sua História se misturar com a do restante do continente. Guerras, anexações e intervenções estão presentes no texto. Idem neoliberalismo e globalização. Este é um livro rico em detalhes e, ao mesmo tempo, de fácil leitura _ quase não percebi o tempo passar ao longo de suas quase 400 páginas _ mas, deve ser lido com atenção e relido.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

France veil ban goes into effect

Monday, April 11, 2011


Fonte: Jurist
http://jurist.org/paperchase/2011/04/france-veil-ban-goes-into-effect.php

Sarah Paulsworth

"[JURIST] The controversial French law [materials, in French] that bans the wearing of full Muslim veils, including burqas, nigabs and other facial coverings in public took effect [implementation circular, in French] on Monday. Pursuant to the law, people caught wearing facial coverings in public can be fined 150 euros (USD $215) and/or ordered to take a citizenship class. In addition, anyone convicted of forcing a someone else to cover their face may be fined up to 30,000 euro and jailed for one year [AFP report, in French], and the penalties double if the incident involves a minor. The ban affects citizens, residents and tourists alike, and extends to all public places [Le Figaro backgrounder, in French], including airports, hospitals, government offices and even places of worship that are open to the public. However, France's Constitutional Council [official website] has stated this prohibition cannot "unduly ... restrict the exercise of religious freedom in places of worship are open to the public." On Monday two women wearing nigab were arrested [Al Jazeera report] in Paris after participating in a protest against the new law outside Notre Dame Cathedral. Police reported the women were arrested not for wearing a face covering, but rather participating in a unsanctioned protest. Five million Muslims reside in France, but it is believe that fewer than 2,000 women [Reuters report] wear a type of head covering that would be banned under French law.

In October, the French Constitutional Council ruled that the ban conforms with the Constitution [JURIST report]. The bill was approved by the National Assembly in July and by the Senate [JURIST reports] in September. Legislation banning the use of Islamic burqas has been a point of contention recently in many European countries. In October, Dutch politician Geert Wilders [personal website, in Dutch] said that the Netherlands will ban the burqa [JURIST report] as part of the government's plan to form a minority coalition. In August, Austria's conservative Freedom Party [official website, in German] called for a special vote [JURIST report] on whether to ban face veils and the construction of minarets, two of the most visible symbols of the Islamic faith. In July, Spain's lower house of parliament rejected a proposal [JURIST report] to ban the burqa and other full face veils by a vote of 183 to 162 with 2 abstaining."

Acordo pode evitar fechamento de fábrica da Embraer na China

11/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-11/acordo-pode-evitar-fechamento-de-fabrica-da-embraer-na-china

"Da BBC Brasil

Brasília - A visita da presidenta Dilma Rousseff à China começou hoje (11) com o anúncio de um possível acordo que pode evitar o fechamento da fábrica da Embraer em Harbin, um dos pontos mais polêmicos da relação entre os dois países. A expectativa foi confirmada pelo embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney.

A Embraer é parceira da estatal Aviation Industries of China (Avic) desde 2002 e produzirá, neste mês de abril, a última unidade do modelo para o qual tem licença de fabricação, o ERJ-145, uma aeronave comercial de 50 lugares cuja demanda na China e no mundo despencou nos últimos anos.

Sem licença para fabricar outro modelo mais competitivo, a fábrica corria o risco de ficar ociosa e fechar as portas em breve. Mas o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, disse que foi fechado um acordo com o governo chinês que permite a produção pela fábrica da Embraer na China do jato executivo Legacy, o que salvaria as operações da Embraer no país.

A Embraer, que também não confirmou o acordo, informou apenas que é relativamente fácil para a empresa adaptar a linha de produção chinesa, atualmente preparada para produzir o ERJ-145, para a fabricação do jato executivo Legacy 600-650 (os dois modelos que devem ter demanda na China).

Na prática, a medida é possível porque a fabricação do Legacy pode usar a mesma plataforma do RJ-145, sendo necessários poucos ajustes como nas ferramentas usadas. Segundo a empresa, o ERJ-145 é vendido por US$ 22 milhões. O jato executivo Legacy, bem menor, com 13 assentos, fica entre US$ 28 milhões (o 600) e US$ 31 milhões (o 650), por conta principalmente do melhor acabamento.

O jato comercial ERJ-145, atualmente fabricado pela Embraer na China, começou a ser produzido na metade da década de 90 e sua demanda foi afetada, entre outras coisas, por custos fixos mais elevados, como o aumento do preço dos combustíveis. O mercado passou a preferir jatos comerciais com mais assentos, o que dilui custos.

O problema é que o governo chinês nunca aprovou o pedido de licença feito pela empresa em 2008 para a fabricação na China do jato comercial Embraer 190, de cem assentos. A interpretação no mercado de aviação é de que a China quer desenvolver o seu próprio jato comercial de 100 lugares e quer evitar a concorrência da Embraer.

O Legacy, que contaria com a licença de fabricação caso o acordo seja mesmo oficializado, é um jato executivo e não comercial, operando portanto em um mercado diferente. Segundo o embaixador brasileiro, a Embraer também obteve autorização para a liberação da venda de dez aviões Embraer 190, fechada em janeiro. Segundo a empresa, cada Embraer 190 custa US$ 43 milhões.

O acordo, que pode permitir a permanência da Embraer na China, é um dos pontos-chave desta viagem da presidenta Dilma à China. Antes de deixar o Brasil, Dilma Rousseff concedeu entrevista exclusiva à agência estatal chinesa Xinhua, insistindo na necessidade de reciprocidade na relação entre China e Brasil.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), também comemorou hoje, no lobby do Hotel St Regis, onde a delegação brasileira está hospedada, o investimento de US$ 4 bilhões para implantação, em Barreiras (BA), de um polo de processamento de soja pelo Chongqing Grain Group. O investimento já havia sido anunciado no Brasil e Wagner disse que será oficializado durante a visita da delegação do governo a Pequim."

Forças leais ao opositor do presidente da Costa do Marfim conseguem prendê-lo

11/04/2011

Fonte: Agência Brasil

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-11/forcas-leais-ao-opositor-do-presidente-da-costa-do-marfim-conseguem-prende-lo

"Da Agência Lusa

Brasília - O atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi preso pelas forças leais ao sucessor dele, Alassane Ouattara. Gbagbo foi retirado da residência oficial, em Abidjan, e levado até o Hotel Golf – que é o quartel-general de Ouattara na capital do país. As informações foram confirmadas pela Embaixada da França na Costa do Marfim.

“Laurent Gbagbo foi detido pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim e conduzido ao Hotel Golf”, disse Jean-Marc Simon. Um porta-voz de Ouattara confirmou que Gbagbo e a mulher dele estão no hotel.

Apesar das eleições, realizadas em 28 de novembro, terem confirmado Ouattara como vitorioso, Gbagbo resiste em abrir mão do poder. O atual presidente da República disse não reconhecer os resultados das eleições presidenciais. Os embates entre os dois grupos políticos, segundo estimatitvas de entidades de direitos humanos, geraram pelo menos 800 mortos.

A prisão de Gbagbo ocorreu depois de mais um ataque das forças das Nações Unidas e da França contra a residência oficial onde ele e a família estavam abrigados. Há quatro meses, a Costa do Marifm está em clima de guerra."

Eleições no Peru levam Humala e Keiko Fujimori para o segundo turno

11/04/2011

Fonte: Agência Brasol
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-11/eleicoes-no-peru-levam-humala-e-keiko-fujimori-para-segundo-turno

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

"Brasília – Os resultados preliminares das eleições presidenciais no Peru indicam que o candidato apontado como de esquerda, o militar da reserva Ollanta Humala, de 47 anos, e Keiko Fujimori, de 35, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), vão se enfrentar no segundo turno marcado para 5 de junho. A posse ocorrerá em 26 de julho e a presidenta Dilma Rousseff está na lista dos convidados estrangeiros.

As informações são da agência pública de notícias da Argentina, a Telam.

Nas votações ontem (10), do total de 58% de urnas apuradas até o começo da noite, Humala obteve 31,8% dos votos e Keiko 22,8%. Outro candidato, o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski, ficou com 19,6%. Durante toda a campannha eleitoral, Humala liderou as pesquisas de intenção de voto.

Especialistas brasileiros que acompanham o processo eleitoral no Peru apostavam no segundo turno. Cerca de 1,8 milhão de eleitores estavam cadastrados para votar nestas eleições, nas quais também foram escolhidos os ocupantes das 130 cadeiras do Congresso Nacional e 15 políticos para o Parlamento Andino – dos quais cinco serão titulares e dez suplentes.

Durante a campanha, Keiko Fujimori usou boa parte do tempo para defender seu pai, que virou tema principal de ataques dos adversários políticos. Acusado de corrupção, desvio de verba pública e violação de direitos humanos, o ex-presidente tinha a imagem associada à filha. De acordo com analistas, Keiko conquistou parte do eleitorado por causa do discurso direcionado ao campo.

Humala foi candidato em 2006 e perdeu as eleições para o atual presidente do Peru, Alan García. De lá para cá, passou a se dedicar à aproximação de todos os segmentos da sociedade. A iniciativa ampliou sua vantagem sobre os adversários, embora tenha esbarrado em críticas dos conservadores por manter uma relação próxima aos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales.

O novo governo do Peru assume um país que registrou crescimento econômico médio de 8% ao ano, mas enfrenta turbulências no cenário nacional e tensões com alguns vizinhos, como os chilenos, por causa de controvérsias territoriais. Internamente, conflitos entre indígenas e policiais levaram, no ano passado, à morte 34 pessoas. O governo de Alan García ficou na mira dos críticos e da oposição.

Em 2010, o comércio bilateral envolveu US$ 565,85 milhões, com superávit favorável ao Brasil de US$ 178,098 milhões. O comércio entre os dois países é baseado na exportação automóveis, maquinários, peças de reposição de veículos e alguns produtos industrializados. A importação está concentrada nos minérios."

Dilma vai pedir "reciprocidade" em relação comercial com a China

10/04/2011


Fonte: Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-10/dilma-vai-pedir-reciprocidade-em-relacao-comercial-com-china

"Da BBC Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff desembarca em Pequim nesta segunda-feira (11) com o desafio de criar bases para uma relação na área comercial e de investimentos fundada na "reciprocidade".

Foi esse o tom do primeiro recado da presidenta aos chineses em entrevista à agência estatal Xinhua, antes de sua primeira visita oficial como presidenta ao país que tem a segunda maior economia do mundo.

Segundo a Xinhua, Dilma afirmou que "poderia haver mais cooperação entre os dois países em áreas estratégicas, como a inovação, uma vez que o Brasil está determinado a agregar valor a seus recursos naturais".

Ainda de acordo com a nota da agência, a presidenta disse que a futura cooperação entre os dois países deve ser baseada na "reciprocidade".

"Esta é uma relação que, eu acredito, será muito bem desenvolvida entre os dois países porque há algumas áreas em que a China pode ser crucial para o Brasil e outras em que o Brasil pode ser crucial para a China, baseada em um conceito que eu considero muito importante em uma relação entre iguais: a reciprocidade", disse.

Os números que embasam a defesa do discurso da reciprocidade são claros. A China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil em 2009. Mas as características dessa pauta comercial deixam o Brasil, na opinião de muitos setores, em posição de desvantagem. Cerca de 95% das exportações brasileiras para a China são de matérias-primas. A via contrária, da China para o Brasil, é dominada quase em sua totalidade por produtos industrializados.

Em entrevista já em Pequim, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que faz parte da comitiva brasileira, insistiu hoje (10) na importância da busca de uma relação com a China que não dependa do tradicional papel brasileiro de exportador de produtos básicos.

"O Brasil precisa definir suas prioridades e ter um olhar mais aproximado para a China. Talvez ajude a gente a não se acomodar em ser uma economia produtora de commodities. Senão, corremos o risco de ficar prisioneiros da doença holandesa", referindo-se ao impacto negativo sobre o setor industrial da forte exportação de recursos naturais.

Mercadante defendeu que o país aproveite a valorização das commodities, e os recursos que isso gera ao país, para criar um projeto de desenvolvimento futuro baseado na produção de alta tecnologia."